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Bancos perdem mais de 1.000 trabalhadores e 200 balcões no último ano

Os dados foram divulgados esta quinta-feira pela Associação Portuguesa de Bancos.

Bancos como a CGD e o Novo Banco vão aumentar o custo com as comissões bancárias.
Miguel Baltazar
08 de Abril de 2021 às 11:17
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Os bancos portugueses têm vindo a "encolher" a sua estrutura, nomeadamente através da redução do número de trabalhadores e do fecho de balcões. E o último ano não foi exceção. De acordo com dados da Associação Portuguesa de Bancos (APB), o setor perdeu mais de mil colaboradores e encerrou 200 agências neste período. 

Os números constam da síntese de indicadores do setor bancário referente a 2020 divulgada esta quinta-feira, 8 de abril, pela associação liderada por Fernando Faria de Oliveira. 

De acordo com a APB, a banca nacional terminou o ano passado com 40.475 trabalhadores, um número que compara com 41.673 em 2019. Ou seja, saíram 1.198 pessoas ao longo deste período. 

Quanto ao número de balcões, o setor passou de ter 4.028 no final de 2019 para 3.826 no final do ano passado. Esta evolução traduz uma descida de 202 agências na banca nacional. 

"Em 2020, os bancos deram continuidade ao seu processo de reestruturação, uma tendência que se tem verificado nos últimos anos e que resulta da necessidade de melhoria da eficiência operacional e da adaptação dos modelos de negócio às novas necessidades dos clientes", refere a APB num comunicado. 

Esta redução registou-se num período de quebra de resultados para a banca, devido ao impacto da pandemia de covid-19. O resultado líquido recuou 77% em termos homólogos, para os 435 milhões de euros, mostram os dados. 

Um desempenho explicado pelo reforço expressivo das imparidades, que totalizaram 2,9 mil milhões de euros, o que representa mais 74% que o valor registado em 2019. 

Por outro lado, o setor conseguiu reforçar os rácios de capital. O CET1 aumentou para 15,4%, enquanto o rácio de solvabilidade subiu para 18,1%, "o que lhes permitiu continuar dar uma resposta eficaz às necessidades de financiamento da economia", refere a APB.

Quanto ao crédito às empresas, registou-se um aumentou de mais de 10%. Já aos particulares subiu 1,6%, em termos homólogos. Os depósitos registaram um aumento de quase 5% face ao ano anterior, para os 279,8 mil milhões de euros.

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