Notícia
Bancos cautelosos nos depósitos
Os cinco maiores bancos adotam posturas diferentes quanto ao cenário de subir remuneração dos depósitos. Mas asseguram que não ficam indiferentes ao mercado.
BPI, BCP, Caixa geral de Depósitos, Novo Banco e Santander mantém atitudes diferentes quanto ao cenário da subida das taxas de juro dos depósitos, que ainda não aconteceu, ao contrário das praticadas nos empréstimos.
As cinco instituições financeiras estiveram na conferência "Banca do Futuro", organizada pelo Jornal de Negócios, onde José João Guilherme, administrador da Caixa Geral de Depósitos, argumentou que "o preço do dinheiro chama-se taxa de juro. O valor é aquilo que com ele se pode comprar", e que "este período de transição é importante e tem de ser feito", admitindo, sem comprometer-se com uma data ou volume, que "teremos de começar a pagar juros pelos depósitos, é o normal".
Isto porque "um clima de taxas de juro de 2 ou 3% é normal. O que não é normal é o que vivemos antes", argumentou.
Já o BCP está a "refletir o que considera adequado". Na conferência "Banca do Futuro", o CEO do BCP, Miguel Maya, considerou que o banco , recusando comprometer-se com uma subida. "Estamos em concorrência, temos uma política de capitação de recursos, e temos um preço nos depósitos que nos parece adequado".
O presidente executivo do BPI prefere sublinhar que os bancos estão em concorrência, e por isso "há sempre oportunidade para os clientes escolherem entre risco e rentabilidade. [Os depósitos] serão refletidos no momento certo, na velocidade que o mercado funcionar".
O CEO do Santander realça que os clientes estão a beneficiar de outras formas de diferencial entre taxas. Castro e Almeida explica que o financiamento dos bancos está mais caro, o que não tem sido refletido nos "spreads" praticados pela instituição. "Nas obrigações sénior, em junho pagávamos 70 pontos base, hoje pagamos 180 ou 200". Noutros formatos de financiamento os aumentos foram também dessa proporção ou ainda mais alta.
Mark Bourke, presidente executivo do Novo Banco, relembrou que "pela primeira vez em 10 ou 15 anos há um regresso a níveis normais de taxas de juro", garantindo que no caso das empresas portuguesas "as taxas ainda são muito mais baixas do que o financiamento nos mercados". As taxas dos depósitos "estão a reagir", mas ainda não na totalidade, reconheceu.
As cinco instituições financeiras estiveram na conferência "Banca do Futuro", organizada pelo Jornal de Negócios, onde José João Guilherme, administrador da Caixa Geral de Depósitos, argumentou que "o preço do dinheiro chama-se taxa de juro. O valor é aquilo que com ele se pode comprar", e que "este período de transição é importante e tem de ser feito", admitindo, sem comprometer-se com uma data ou volume, que "teremos de começar a pagar juros pelos depósitos, é o normal".
Já o BCP está a "refletir o que considera adequado". Na conferência "Banca do Futuro", o CEO do BCP, Miguel Maya, considerou que o banco , recusando comprometer-se com uma subida. "Estamos em concorrência, temos uma política de capitação de recursos, e temos um preço nos depósitos que nos parece adequado".
O presidente executivo do BPI prefere sublinhar que os bancos estão em concorrência, e por isso "há sempre oportunidade para os clientes escolherem entre risco e rentabilidade. [Os depósitos] serão refletidos no momento certo, na velocidade que o mercado funcionar".
O CEO do Santander realça que os clientes estão a beneficiar de outras formas de diferencial entre taxas. Castro e Almeida explica que o financiamento dos bancos está mais caro, o que não tem sido refletido nos "spreads" praticados pela instituição. "Nas obrigações sénior, em junho pagávamos 70 pontos base, hoje pagamos 180 ou 200". Noutros formatos de financiamento os aumentos foram também dessa proporção ou ainda mais alta.
Mark Bourke, presidente executivo do Novo Banco, relembrou que "pela primeira vez em 10 ou 15 anos há um regresso a níveis normais de taxas de juro", garantindo que no caso das empresas portuguesas "as taxas ainda são muito mais baixas do que o financiamento nos mercados". As taxas dos depósitos "estão a reagir", mas ainda não na totalidade, reconheceu.