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Banco Popular melhora lucros em Portugal ao separar-se de imobiliário

O banco de capitais espanhóis teve uma quebra da margem e das comissões mas conseguiu apresentar lucros de 13,3 milhões de euros. O produto subiu com a constituição de uma sociedade para gerir os imóveis e créditos associados.

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04 de Abril de 2016 às 20:42
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O Banco Popular Portugal conseguiu melhorar as contas em 2015. Mas não foi o negócio bancário que ajudou; foi a alienação para uma sociedade dos activos imobiliários e do crédito concedido neste sector.

 

O resultado líquido da instituição presidida por Carlos Álvares subiu de 2,3 para 13,3 milhões de euros, segundo um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

O ambiente de baixas taxas de juro contribuiu para a queda de 3,9% da margem financeira, que se fixou em 119,8 milhões de euros no ano passado. A margem representa a diferença entre os juros cobradores em créditos e os juros pagos em depósitos e que é a principal rubrica do produto bancário.

 

Noutra fonte de proveitos, as comissões também cederam 10,5% para 49,9 milhões de euros nesta instituição financeira que, no final do ano passado, esteve na corrida pelo Banif (que acabou por ficar para o Santander Totta no âmbito de uma medida de resolução).

 

Apesar dos deslizes nestas duas rubricas, o produto bancário ganhou 21,2% para 208,6 milhões de euros no ano passado. O contributo veio de "outros resultados de exploração", passando de terreno negativo para 40,4 milhões de euros.

 

"Este valor resultou da venda da unidade de negócio responsável pela gestão de activos imobiliários e de exposições creditícias de clientes associadas ao sector imobiliário do Banco Popular Portugal para a sociedade Primestar, S.A (ex Recbus- Recovery to Business, SA), participada em 20% pelo Banco Popular Español", explica o comunicado.

 

Com a separação desta área, o banco de direito português deixa de consolidar esta área que pode conter activos depreciados e que carecem de recuperação e permite, segundo o banco, "focar-se na actividade comercial tradicional, com uma gestão orientada para a poupança e serviços financeiros a particulares, famílias e empresas e, em especial para as pequenas e médias empresas".

 

A impedir uma melhoria das contas esteve também a constituição de provisões (dinheiro colocado de lado para perdas futuras, por exemplo com créditos), que triplicaram para 4,7 milhões de euros.

 

No final do ano passado, o Banco Popular tinha 1.162 trabalhadores, menos 137 que em 2014. Ao mesmo tempo, foram encerradas quatro agências, fixando-se em 169.

 

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