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Banco de Portugal antecipa menores restrições na concessão de crédito de curto prazo a empresas

As condições à concessão de empréstimos deverão manter-se inalteradas no quarto trimestre, o primeiro que vai sentir na globalidade a resolução do BES, decidida em Agosto. Só nos créditos de curto prazo a empresas é que haverá mais facilidades.

Bruno Simão/Negócios
30 de Outubro de 2014 às 11:14
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Não se esperam maiores facilidades quando se pedir um crédito no próximo ano, seja para empresas ou para particulares. A única excepção são empréstimos de muito curto prazo para as empresas, conclui o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito de Outubro, publicado esta quinta-feira, 30 de Outubro, pelo Banco de Portugal.

 

"No quarto trimestre de 2014, os critérios de concessão de crédito ao sector privado não financeiro deverão permanecer globalmente sem alterações, podendo contudo ocorrer uma ligeira redução da restritividade dos empréstimos de curto prazo concedidos às empresas", conclui o documento, publicado de forma trimestral.

 

A explicação para que haja uma ligeira diminuição na restritividade dos critérios que levam à aprovação dos empréstimos é, essencialmente, "a concorrência entre as instituições financeiras", segundo disseram ao Banco de Portugal quatro bancos. Espera-se, nesse sentido, um "aumento da procura de empréstimos por parte das empresas, o qual deverá estar associado às pequenas e médias empresas e aos empréstimos de curto prazo" nos últimos três meses do ano. Já no terceiro trimestre se tinha verificado uma ligeira subida.

 

Particulares sem facilidades

 

Já no que diz respeito aos créditos a particulares, não há novidades, seja para a compra de habitação, seja para o consumo, seja para outros fins. "Todos os bancos reportaram uma estabilidade dos critérios de concessão de crédito". Esta manutenção é visível na oferta dos bancos mas também na procura pelo crédito.

 

No inquérito publicado pelo regulador liderado por Carlos Costa, há ainda uma nota sobre o financiamento obtido pela banca. E, no quarto trimestre (em que ainda se sentem efeitos da resolução aplicada ao BES e posterior criação do Novo Banco), "a maioria dos bancos prevê uma melhoria no acesso ao mercado de títulos de dívida com maturidade e uma estabilização das restantes fontes de financiamento". No entanto, há uma instituição, que não é identificada, que "prevê uma deterioração de todas as fontes de financiamento, com excepção do acesso ao mercado de titularização de empréstimos a empresas".

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