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Banca já recebeu 569 mil pedidos de moratórias no crédito

De acordo com os dados recolhidos pelo Banco de Portugal, os bancos receberam 568.912 pedidos de moratórias no crédito, dos quais 90% foram aprovados.

O Banco de Portugal, liderado por         Carlos Costa, tem alertado para a menor restritividade no crédito pessoal.
Miguel Baltazar
21 de Maio de 2020 às 12:43
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Os bancos nacionais receberam quase 570 mil pedidos de moratória, até ao final de abril, sendo que 90% destes pedidos foram já aprovados. Os números são avançados pelo Banco de Portugal, num comunicado divulgado esta quinta-feira.

"O Banco de Portugal tem vindo a recolher junto das instituições dados sobre as medidas de apoio aplicadas desde a entrada em vigor da moratória pública e da disponibilização das moratórias privadas", explica o regulador, indicando que "a informação já disponível indica que, até ao final de abril, os pedidos de adesão a moratórias de crédito abrangeram um total de 568.912 contratos de crédito".

Deste total, refere o BdP, "as instituições aplicaram as medidas de apoio previstas nas moratórias a 514.750 contratos, correspondendo os restantes 54.162 contratos a situações que, nessa data, estavam ainda em apreciação ou não preenchiam as condições definidas para acesso às moratórias". 

De acordo com o banco liderado por Carlos Costa, "cerca de dois terços dos contratos que beneficiam de medidas de apoio estão integrados no regime da moratória pública (345.551 contratos), enquanto os restantes estão abrangidos por moratórias privadas (169.199)". 

Foi no final de março que o Estado aprovou uma moratória legal de seis meses para crédito à habitação e empréstimos de empresas. A banca, através da Associação Portuguesa de Bancos, veio depois complementar esta medida, incluindo na sua solução crédito ao consumo e segundas habitações. 

O BdP adianta ainda que, "no âmbito da moratória pública, quase metade dos contratos integrados (162.492) respeitam a crédito concedido a consumidores para aquisição de habitação própria permanente, enquanto os restantes envolvem crédito a empresas, a empresários em nome individual e a outros clientes".

Já os contratos integrados na moratória da banca dizem sobretudo respeito a crédito ao consumo (90.549) e os restantes a crédito hipotecário (78.650).

"Os contratos de crédito celebrados com consumidores (crédito aos consumidores, crédito à habitação e hipotecário) representam mais de metade dos contratos que beneficiam das moratórias (331 691 contratos, o que corresponde a 64% do total dos contratos integrados nas moratórias)", remata o regulador. 

Muitos têm sido os banqueiros a apoiar um prolongamento desta medida para apoiar as famílias e empresa mais penalizadas pela pandemia. Uma posição que é suportada pelo governador do BdP. Carlos Costa afirmou, esta semana, numa conferência, que "há todo o interesse em prolongar o período das moratórias para evitar o efeito precipício".


(Notícia atualizada com mais informação.)

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