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Ativos do Novo Banco no mecanismo contingente "não têm sido vendidos"
José Rodrigues de Jesus, que preside à comissão de acompanhamento da venda do Novo Banco à Lone Star, garante que a maior parte dos ativos integrados no mecanismo contingente - previsto e que permite ao Novo banco pedir dinheiro ao Fundo de Resolução - está a ser gerida e não foram vendidos.
A comissão de acompanhamento da venda à Lone Star do Novo Banco, um órgão previsto nos estatutos do banco liderado por António Ramalho, assegura que o mecanismo de capital contingente não tem vendido muitos ativos, tirando a seguradora vida e os créditos em massa - malparado - e imóveis que foram anunciados pelo Novo Banco.
"Tirando uma grande transação, seguros e estas vendas em massa, não há [vendas]. O que há é uma gestão diária", explicou aos deputados na comissão de Orçamento e Finanças José Rodrigues de Jesus, presidente da comissão de acompanhamento. E dá como exemplo casos como a prorrogação de uma garantia ou pedidos de reestruturação do crédito. Mas "o ativo não sai de lá. Rigorosamente não sai de lá e há de lá estar muito tempo". Até porque, assumiu o responsável, tem havido a preocupação de não fazer cair as empresas cujos créditos estão integrados no mecanismo.
E tirando esses casos, "não têm sido vendidos ativos, têm é sido geridos ativos".
"Substancialmente o conjunto de ativos para vender mantém-se". O responsável garante que os créditos estão concentrados em 20-50 empresas, "é um núcleo pequeno". Mas garante que os ativos no mecanismos "são para vender. A ideia com que se fica é que são para vender".
O mesmo responsável assegura: "A comissão não interfere na gestão do banco". E assegura que tem dado muitos pareceres.
Estatutariamente esta comissão deveria dirimir conflitos que eventualmente pudessem existir entre o Fundo de Resolução e o Novo Banco no âmbito do mecanismo, que tem uma garantia de 3,89 mil milhões de euros para a Lone Star. Mas se a comissão de acompanhamento se cinge-se a esse papel, significaria "que nós não tínhamos nada para fazer".