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Mário Centeno: "Novo Banco não vai ser liquidado"

O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirma que o "efeito sistémico" do Novo Banco o impede de ser liquidado.

07 de Março de 2019 às 19:28
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O ministro das Finanças, Mário Centeno, garante que o Novo Banco não vai ser liquidado. Isto devido, explica o responsável, ao efeito que essa decisão teria no sistema financeiro português. 

"O Novo Banco, pelo efeito sistémico que tem, não vai ser liquidado", afirmou o ministro das Finanças perante os deputados, esta quinta-feira, na comissão de Orçamento e Finanças. 

Neste sentido, foi criado um mecanismo que atua numa situação limite para evitar a liquidação da entidade que foi criada a partir da resolução do Banco Espírito Santo, no verão de 2014, nota Mário Centeno. 

Quanto ao montante que vai ser injetado no banco liderado por António Ramalho, isto no caso de se confirmarem os 1.149 milhões de euros agora pedidos após a apresentação dos resultados do ano passado, este corresponde a "metade do mecanismo, mantendo-se dentro da restrição definida contratualmente". Ou seja, de 3,89 mil milhões de euros. 

De acordo com as contas apresentadas no dia 1 de março, os ativos incluídos no mecanismo totalizavam no final do ano passado 4 mil milhões de euros. Isto representa uma descida face aos quase 8 mil milhões registados inicialmente, em junho de 2016. Esta descida traduz-se em perdas acumuladas de 2,6 mil milhões de euros. 

"As perdas do mecanismo podem ser provocadas por venda de ativos ou reavaliação dos ativos, que é feita todos os anos", referiu Mário Centeno, que, na mesma audição, garantiu que estas perdas "não foram provocadas pela venda", mas que já se encontravam no Novo Banco, uma vez que passaram "de forma inexplicável" para o balanço da instituição financeira após a resolução do BES.

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