Notícia
Comissão de acompanhamento à venda do NB sugeriu contratação de detetives
A comissão de acompanhamento à venda do Novo Banco pela Lone Star admitiu que o maior crédito no mecanismo foi dado a um investidor para comprar ações do BCP.
A comissão de acompanhamento da venda do Novo Banco à Lone Star garante ter preocupação de apurar a eventual existência de conflitos de interesse nas vendas de créditos malparado.
Bracinha Vieira, que é o representante do Fundo de Resolução na comissão de acompanhamento, explicou alguns dos casos que estão no mecanismo de capital contingente e que permite ao Novo Banco fazer pedidos de capital ao Fundo de Resolução.
É uma questão, assegura Bracinha Vieira, que "perturba constantemente" e garantiu mesmo que "houve projetos parados nessa base". Até houve um caso, disse, que "perguntámos se não era possível contratar uma equipa de detetives e nesse caso foi dito que já havia sido contratada uma firma, mas não houve efeitos práticos".
Em relação aos ativos, Bracinha Vieira identificou o "pior prejuízo, que é um prejuízo gigantesco". Foi "um volumoso" crédito concedido em 2005, 2006 ou 2007, na guerra do BCP, para um "determinado grupo" comprar ações do BCP, tendo dado como penhor as ações do BCP. Bracinha Vieira fala em "operação descomunal". Ora, as ações do BCP desvalorizaram 96%, tendo o colateral perdido substância.
Também há créditos para compra de terrenos cujo objetivo era a sua utilização para projetos turísticos ou imobiliários que não se concretizaram. Ou relacionados com o Brasil e Angola.
"Mas a aplicação do decreto 15/2019 vai conduzir a uma paisagem mais clara deste universo".