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Associação de "lesados" do Banif quer negociar com Santander

Os clientes do ex-Banif com obrigações subordinadas deram um não à solução do Santander Totta. "Não era uma proposta séria", defende a Alboa. Agora, querem uma negociação, que dizem não ter existido antes.

Carolina Cravinho
03 de Outubro de 2016 às 18:29
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A esmagadora maioria dos clientes do antigo Banif com obrigações subordinadas não aceitou a oferta do Santander para aqueles títulos. Contudo, a associação que representa alguns desses clientes, a Alboa, quer sentar-se à mesa com o banco e com o Estado para chegar a uma solução que seja do seu agrado.

 

"Não era uma proposta séria. Obrigava a que os lesados fizessem um novo investimento e era preciso ter dinheiro", justifica o presidente da Alboa, Jacinto Silva, que diz sempre ter defendido que não era uma oferta séria.

 

Para Jacinto Silva, além de os clientes não terem esse dinheiro, a oferta do Totta constituía em obrigações subordinadas, precisamente o mesmo produto em que tinham sido "lesadas" pelo Banif. "Era óbvio que o resultado teria de ser este," afirma o responsável.

 

O Totta disponibilizou-se para emitir até 205 milhões de euros em obrigações subordinadas para os investidores não qualificados com as obrigações subordinadas do Banif nas suas mãos. Permitiriam recuperar até 75% do capital inicialmente investido nos títulos do banco da Madeira. Só houve procura para 7.599 milhões de euros, 4% do total.

 

A Alboa quer, agora, sentar-se à mesa das negociações com o Totta, depois da proposta de Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, que convidou o Estado português, na pessoa do primeiro-ministro António Costa, a procurar uma solução junto do Santander. "Uma negociação. É isso que queremos", diz Jacinto Silva.

 

Segundo o responsável da associação, a entrada em conversações do banco com o Estado poderá permitir ao Santander "ganhar confiança junto dos insulares".

 

A Alboa quer o envolvimento do Estado nas negociações porque defende que o Banif era uma instituição financeira estatal. "Se houve uma solução para o papel comercial do BES, porque não há para os obrigacionistas não qualificados de um banco que é 60% do Estado?" questiona.

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