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Assessor de Renzi garante que o Paschi "não está em perigo" e é um banco "sólido"

Yoram Gutgeld, assessor económico de Renzi, defende que a reacção dos mercados ao referendo "dá esperança" de que a recapitalização do Monte dei Paschi avance nos moldes em que está prevista.

Bloomberg
06 de Dezembro de 2016 às 13:25
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O banco italiano Monte dei Paschi é uma instituição "sólida" e o plano de recapitalização deverá avançar como previsto. Quem o diz é o assessor económico do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, que anunciou a sua demissão na segunda-feira, após a vitória do "não" no referendo sobre as reformas constitucionais.

 

Em entrevista à Bloomberg TV, Yoram Gutgeld afirmou que "o facto de os mercados não terem reagido de forma particularmente negativa ao resultado do referendo deixa-nos a esperança de que o plano de recapitalização para o Monte Paschi avance".

 

O assessor do primeiro-ministro defendeu que a necessidade de recapitalizar o banco decorreu "de uma decisão do BCE", e que a instituição é "sólida".

  

"A situação decorre de uma decisão do BCE de pedir uma recapitalização do banco", afirmou. "O Paschi, em si, não está em perigo. É um banco sólido em termos da sua capacidade de sustentar o negócio e tem vindo a melhorar o seu desempenho, embora tenha um problema com o crédito malparado".

 

As declarações de Gutgeld surgem no dia em que o Il Sole 24 Ore avança que o Governo italiano já tem em prevenção um plano para resgatar o Banca Monte dei Paschi, caso a instituição financeira não consiga angariar capital através dos seus accionistas e outros investidores.

 

O Estado italiano avançará com um aumento de capital "cautelar" no Paschi, tendo para o efeito já preparado um decreto através do qual será efectuado o resgate.

 

Porém, esta intervenção estatal só avançará caso o banco falhe o plano de recapitalização através de fundos privados que tem em cima da mesa e através do qual pretende encaixar 5 mil milhões de euros.

 

O jornal italiano adianta ainda que os gestores do Paschi têm reuniões agendadas com o Banco Central Europeu, sendo que um dos objectivos passa por pedir um adimento da venda da carteira de crédito mal parado. 

 

"Se as coisas se tornarem mais difíceis, estou certo de que a discussão com o BCE também pode ser importante para entender qual é a melhor altura para fazer o plano de recapitalização", acrescentou o assessor de Renzi, na mesma entrevista. "A nossa esperança é que todas as situações bancárias possam ser resolvidas com mecanismos de mercado".

 

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