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APB diz que eventuais “condutas isoladas de colaboradores bancários” terão consequências

Na sequência das denúncias da bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados, a APB sublinha que os bancos cumprem a lei e acrescenta que “condutas isoladas” de colaboradores bancários terão consequências.

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Um dia depois de ter sido confrontada com as denúncias da bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), que afirma que a banca está a pressionar os contabilistas a assinarem falsas declarações, a Associação Portuguesa de Bancos defende a atuação das instituições e acrescenta que haverá consequências para "quaisquer condutas isoladas de colaboradores bancários" que sejam ilegais.

Paula Franco afirma que vários bancos estão a pressionar os contabilistas a passar falsas declarações sobre quebras de faturação de 40% ou mais, quando estas não se verificam, com o objetivo de garantir o acesso indevido das empresas às linhas de crédito. A denúncia foi feita numa conferência transmitida pela internet que está disponível no YouTube (a denúncia é feita aos 23 minutos), na quarta-feira, e noticiada esta sexta-feira pelo Negócios.

Ao Negócios a bastonária da Ordem dos Contabilistas afirmou que recebeu mais de noventa queixas, e reiterou que fará chegar as provas escritas, que diz que envolvem mais do que uma instituição, ao Ministério Público.

Esta quinta-feira a Associação Portuguesa de Bancos (APB) não quis fazer comentários, referindo que desconhecia os casos. Já esta sexta-feira acrescentou dois comentários.

"A APB desconhece as situações identificadas pela Senhora Bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados, no entanto, gostaríamos de deixar claro que a atuação dos bancos se rege pelo cumprimento escrupuloso da lei", começa por referir fonte oficial.

"Quaisquer condutas isoladas de colaboradores bancários, que se hajam eventualmente afastado das regras éticas e legais que norteiam a atuação dos bancos, serão certamente alvo de análise e aplicação das medidas adequadas, por parte das Instituições", acrescenta a mesma fonte.

Numa curta reação à notícia, o Ministério da Economia afirmou esta manhã que soube das denúncias de Paula Franco "pela imprensa", acrescentando que aguarda que as provas sejam investigadas.

"O Ministério da Economia soube da denúncia da Senhora Bastonária da Ordem dos Contabilistas pela Imprensa. A Senhora Bastonária referiu entretanto que a Ordem encaminhará para o Ministério Público as provas de que dispõe para serem, como deverão ser, devidamente investigadas. No caso de se virem a provar as ilegalidades denunciadas pela Senhora Bastonária, serão, naturalmente, analisadas e punidas nos termos da Lei", disse fonte oficial do gabinete de Siza Vieira.

O Negócios perguntou na quinta-feira ao Ministério da Economia quais são os mecanismos de fiscalização que estão a ser aplicados para verificar se a faturação declarada pelas empresas corresponde à faturação real, e se os mecanismos de fiscalização abrangem todas as empresas com acesso à linha de crédito, mas não obteve resposta a esta questão.

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