Notícia
SNQTB: Posição da APB sobre falsas declarações põe "em causa" profissionalismo dos bancários
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) lamentou hoje as declarações da Associação Portuguesa de Bancos (APB) na sequência de uma denúncia da Ordem dos Contabilistas Certificados, considerando que "colocam em causa o profissionalismo dos bancários".
A carregar o vídeo ...
18 de Agosto de 2020 às 17:39
"O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) lamenta as declarações da Associação Portuguesa de Bancos (APB) que colocam em causa o profissionalismo dos bancários, na sequência da recente denúncia da Ordem dos Contabilistas Certificados em que refere que os contabilistas estão a ser pressionados pela banca a prestar falsas declarações sobre quebras de faturação dos seus clientes", pode ler-se num comunicado enviado hoje pelo SNQTB.
A bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), Paula Franco, afirmou na semana passada que os bancos estão a pressionar contabilistas para falsificarem declarações para permitir o acesso ao crédito, mas a associação que representa o setor desconhece tais episódios.
Paula Franco afirmou que os bancos estão "a pedir aos contabilistas para fazerem o 'jeitinho'" - referindo que é mesmo esta a expressão que está a ser utilizada em alguns casos - de passar declarações registando quebras de faturação superiores a 40%, de forma a acederem às linhas de crédito garantidas pelo Estado ao abrigo da pandemia de covid-19, cuja condição de acesso é precisamente esse limiar na quebra de faturação.
A Lusa contactou a Associação Portuguesa de Bancos (APB), que assegurou desconhecer tais situações, afirmando que o setor se rege pela lei.
A associação que representa o setor bancário adiantou ainda que "quaisquer condutas isoladas de colaboradores bancários" que se possam ter "eventualmente afastado das regras éticas e legais que norteiam a atuação dos bancos, serão certamente alvo de análise e aplicação das medidas adequadas, por parte das instituições".
São estas declarações referentes aos bancários que o SNQTB contesta, considerando hoje "inadmissível que a APB atribua a total responsabilidade aos bancários em eventuais 'condutas isoladas'", com o presidente do sindicato, Paulo Marcos, a afirmar que o exigido das instituições bancárias "num Estado de Direito, com padrões de ética que se impõem a quaisquer organizações que prestam um serviço público", é que cumpram a lei.
"O que não podemos é permitir que a associação que representa essas instituições venha desresponsabilizar-se, apontando o dedo aos bancários, com a teoria de presumíveis atos isolados e ameaçando com represálias para os profissionais. Não aceitamos esta narrativa desculpabilizante que já começa a ser recorrente", disse o dirigente sindical, citado no comunicado.
A bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), Paula Franco, afirmou na semana passada que os bancos estão a pressionar contabilistas para falsificarem declarações para permitir o acesso ao crédito, mas a associação que representa o setor desconhece tais episódios.
A Lusa contactou a Associação Portuguesa de Bancos (APB), que assegurou desconhecer tais situações, afirmando que o setor se rege pela lei.
A associação que representa o setor bancário adiantou ainda que "quaisquer condutas isoladas de colaboradores bancários" que se possam ter "eventualmente afastado das regras éticas e legais que norteiam a atuação dos bancos, serão certamente alvo de análise e aplicação das medidas adequadas, por parte das instituições".
São estas declarações referentes aos bancários que o SNQTB contesta, considerando hoje "inadmissível que a APB atribua a total responsabilidade aos bancários em eventuais 'condutas isoladas'", com o presidente do sindicato, Paulo Marcos, a afirmar que o exigido das instituições bancárias "num Estado de Direito, com padrões de ética que se impõem a quaisquer organizações que prestam um serviço público", é que cumpram a lei.
"O que não podemos é permitir que a associação que representa essas instituições venha desresponsabilizar-se, apontando o dedo aos bancários, com a teoria de presumíveis atos isolados e ameaçando com represálias para os profissionais. Não aceitamos esta narrativa desculpabilizante que já começa a ser recorrente", disse o dirigente sindical, citado no comunicado.