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António Souto: Quem suspeitou de problemas na ESI devia tê-los denunciado no BES

Até Novembro de 2013, a comissão executiva do banco não foi informada de quaisquer problemas na Espírito Santo International.

Bruno simão
13 de Janeiro de 2015 às 17:33
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António Souto, administrador executivo do BES até Julho passado, criticou esta terça-feira, 13 de Janeiro, as pessoas que estavam no banco e que estavam ligadas ao Grupo Espírito Santo e que suspeitavam de contas adulteradas na Espírito Santo International, sociedade de topo do grupo onde se descobriu passivo escondido.  

 

O facto em que houve dívida escondida na ESI foi revelado em Novembro de 2013, na sequência de trabalhos feitos pelo Banco de Portugal. "Vem alterar a percepção de risco da empresa e do Grupo, colocando um problema de risco reputacional relativo ao papel comercial colocado em clientes de retalho que atingiu 1700 milhões de euros", disse António Souto aos deputados na comissão parlamentar de inquérito. Foi vendido papel comercial da ESI a clientes aos balcões do BES que foram informados com base em contas falseadas daquela sociedade.

 

"Até essa data nenhuma informação que indiciasse problemas na ESI tinha sido veiculada à comissão executiva ou ao conselho de Administração", garantiu António Souto.

 

E, aqui, o antigo gestor do BES, embora não tenha avançado nomes, lançou farpas: essa informação nunca chegou "por qualquer dos administradores do Grupo Espírito Santo membros desse conselho [de administração], o que teria sido seu primeiro dever de diligência, caso disso tivessem conhecimento ou suspeição".

 

Ricardo Salgado era presidente executivo do BES e estava também na ESI - o contabilista Francisco Machado da Cruz acusa-o de ter ordenado a ocultação de passivo desde 2008. José Manuel Espírito Santo também estava tanto no banco como no grupo. 

 

José Maria Ricciardi é outro dos nomes que estava no banco e no grupo e já garantiu, na comissão de inquérito, que perguntou sobre as contas escondidas da ESI mal soube, tendo feito denúncias na ESFG e no conselho superior. 

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