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António Simões recebe bónus de 2,5 milhões do Santander
O grupo espanhol atribuiu um bónus garantido de 2,495 milhões de euros ao gestor português, que se juntou ao grupo em setembro do ano passado para liderar o negócio na Europa.
O Santander atribuiu a António Simões um bónus de 2,495 milhões de euros, no âmbito da sua contratação, no ano passado, para a liderança das operações do banco na Europa.
A notícia é avançada esta quinta-feira pelo espanhol Expansión que refere não ter sido divulgada a forma como este bónus garantido foi pago ao gestor. O pagamento pode ser feito de forma integral, em dinheiro, durante o primeiro ano em funções, e dependendo do que o executivo tiver acordado com a instituição financeira.
António Simões faz parte do comité da direção que reporta ao vice-presidente e CEO do Grupo Santander, José Antonio Álvarez. Segundo a mesma publicação, incluindo a remuneração de António Simões, o banco pagou no ano passado 10,42 milhões de euros em bónus garantidos a nove diretivos.
António Simões deixou o HSBC, onde liderava o segmento de banca privada global, e integrou o Santander em setembro do ano passado.
António Simões foi "partner" no escritório londrino da McKinsey & Company e trabalhou no Goldman Sachs antes de ingressar, em 2007, no HSBC, onde liderou diversas áreas de negócio ao longo de 13 anos, em Londres e Hong Kong.
Em 2015, chegou à presidência executiva do HSBC na Europa e do negócio do Reino Unido, tendo sido promovido em 2018 a líder mundial da banca privada - serviços de banca especializada a clientes com maiores rendimentos - do HSBC.
Quando foi nomeado para o cargo no Santander, em maio de 2020, o gestor português mostrou-se "entusiasmado" por se juntar ao grupo espanhol. "Esta é uma altura crítica para a indústria dos serviços financeiros em que há imensos fatores sociais e comerciais que representam simultaneamente desafios consideráveis mas também oportunidades significativas, incluindo a agenda de tecnologia e inovação. Pretendo continuar a construir a plataforma "one Europe" nesta paisagem em evolução, liderando a transformação do negócio e trabalhando com algumas das pessoas mais talentosas na banca", referiu o gestor.
O grupo Santander fechou 2020 com um prejuízo de 8.771 milhões de euros, que contrasta com o lucro de 6.515 milhões de euros em 2019, devido à covid-19 e à situação em várias filiais.