"Bienvenida, Fundação La Caixa", afirmou António Costa num castelhano irrepreensível para agradecer a aposta da instituição, que é o principal accionista do CaixaBank, novo dono do BPI, em Portugal. 

 

O primeiro-ministro não deixou de recordar o apoio que o seu governo deu à OPA do grupo catalão sobre o BPI, mas sem falar nas diligências que fez junto de Isabel dos Santos para convencer a empresária angolana a fechar acordo com o CaixaBank. Costa também não referiu o facto de ter aprovado uma lei que garantiu o fim do limite de votos no banco de Fernando Ulrich e que era imprescindível ao sucesso da OPA.

"Depois de ano e meio de trabalho em conjunto, temos o problema financeiro resolvido, mas temos, sobretudo, o apoio da Fundação à coesão social em Portugal ", limitou-se a afirmar o chefe do Executivo.

 

Para o primeiro-ministro, a Fundação La Caixa deve ser saudada "pela confiança que mostrou na economia portuguesa ao ter feito um investimento tão importante no BPI". Mas também pelo facto de, "ultrapassado o impasse accionista e dotado o banco de capital, o seu compromisso com o país não se ter limitado ao sector financeiro, trazendo a fundação para Portugal". 

 

António Costa considera que o compromisso de investir 50 milhões de euros por ano é um "objectivo ambicioso". "É um esforço muito grande que vai ter um impacto enorme nos programas sociais no nosso país.

(Notícia actualizada às 17:51 com mais informação)