Notícia
António Costa: "Declarações de Carlos Costa, para além de falsas, são ofensivas do meu bom nome"
Primeiro-ministro garante que vai acionar meios legais contra o antigo governador do Banco de Portugal depois de Carlos Costa ter revelado ter recebido um SMS do Chefe do Executivo sobre Isabel dos Santos.
15 de Novembro de 2022 às 20:37
O primeiro-ministro insiste que as declarações de Carlos Costa sobre eventuais pressões ao Banco de Portugal por causa de Isabel dos Santos são "falsas" e "ofensivas" do seu bom nome e honra.
"Já tive oportunidade de dizer que as afirmações proferidas por Carlos Costa, para além de falsas, são ofensivas do meu bom nome e honra", afirmou António Costa esta terça-feira no Porto.
Para o Chefe do Executivo, "quanto mais declarações existirem, ofensivas do bom nome e honra, nada mais haverá a acrescentar", recordando que já acionou um "mandatário para agir legalmente" contra Carlos Costa. "Não vale a pena repetirem a pergunta 10 vezes porque a resposta será a mesma", rematou.
O primeiro-ministro falava depois de o ex-governador do Banco de Portugal ter revelado, na apresentação do livro que descreve os dez anos do seu mandato, que Costa lhe enviou esta semana um SMS confirmando uma tentativa de "intromissão" do Governo nas decisões do Banco de Portugal por causa de Isabel dos Santos.
"O senhor primeiro-ministro anunciou um recurso aos tribunais por causa de uma reunião que tive com Isabel dos Santos", começou por dizer Carlos Costa, adiantando depois que, após uma reunião em abril de 2012 em que defendeu o afastamento da filha do ex-Chefe de Estado angolano, o Chefe do Executivo lhe fez um telefonema. "Comunicou-me que não se podia tratar mal a filha de um Presidente de um país amigo", repetiu o ex-governador, que já o tinha afirmado no livro do jornalista Luís Rosa.
Esta terça-feira, o Observador adiantou que o primeiro-ministro voltou a enviar uma mensagem escrita a Carlos Costa, mostrando-se desagradado com o que foi tornado público na pré-publicação do livro "O Governador" e sublinhando a "inoportunidade" do afastamento de Isabel dos Santos do banco BIC. Um SMS que Carlos Costa confirmou ter recebido.
"Esta semana, no mesmo dia em que anunciava um processo judicial, o primeiro-ministro enviou-me uma mensagem escrita em que reconhece que me contactou para transmitir a inoportunidade do afastamento de Isabel dos Santos. Ou seja, é o próprio primeiro-ministro a confirmar uma tentativa de intromissão do poder político junto do Banco de Portugal".
O ex-governador frisou também que "cabe a cada um fazer o seu juízo de valor".
"Já tive oportunidade de dizer que as afirmações proferidas por Carlos Costa, para além de falsas, são ofensivas do meu bom nome e honra", afirmou António Costa esta terça-feira no Porto.
O primeiro-ministro falava depois de o ex-governador do Banco de Portugal ter revelado, na apresentação do livro que descreve os dez anos do seu mandato, que Costa lhe enviou esta semana um SMS confirmando uma tentativa de "intromissão" do Governo nas decisões do Banco de Portugal por causa de Isabel dos Santos.
"O senhor primeiro-ministro anunciou um recurso aos tribunais por causa de uma reunião que tive com Isabel dos Santos", começou por dizer Carlos Costa, adiantando depois que, após uma reunião em abril de 2012 em que defendeu o afastamento da filha do ex-Chefe de Estado angolano, o Chefe do Executivo lhe fez um telefonema. "Comunicou-me que não se podia tratar mal a filha de um Presidente de um país amigo", repetiu o ex-governador, que já o tinha afirmado no livro do jornalista Luís Rosa.
Esta terça-feira, o Observador adiantou que o primeiro-ministro voltou a enviar uma mensagem escrita a Carlos Costa, mostrando-se desagradado com o que foi tornado público na pré-publicação do livro "O Governador" e sublinhando a "inoportunidade" do afastamento de Isabel dos Santos do banco BIC. Um SMS que Carlos Costa confirmou ter recebido.
"Esta semana, no mesmo dia em que anunciava um processo judicial, o primeiro-ministro enviou-me uma mensagem escrita em que reconhece que me contactou para transmitir a inoportunidade do afastamento de Isabel dos Santos. Ou seja, é o próprio primeiro-ministro a confirmar uma tentativa de intromissão do poder político junto do Banco de Portugal".
O ex-governador frisou também que "cabe a cada um fazer o seu juízo de valor".