Notícia
Costa contra Costa: ex-governador avança com processo e também chama Marcelo como testemunha
O primeiro-ministro, António Costa, apresentou em 27 de abril uma ação cível contra o ex-governador do Banco de Portugal. Agora Carlos Costa avança também com um processo.
O ex-governador do Banco de Portugal decidiu processar o primeiro-ministro, numa resposta à ação judicial que António Costa interpôs por ofensas à honra, indicam a agência Lusa e a CNN, citando uma declaração do antigo líder do banco central.
"Não tendo ainda sido citado para a anunciada ação cível, supostamente proposta pelo Dr. António Costa, informo de que já constituí como meus mandatários judiciais os Senhores Drs. Alfredo Castanheira Neves e Nuno Teodósio Oliveira, tendo em vista a contestação especificada da referida petição cível, com simultânea dedução de pedido reconvencional contra o Dr. António Costa, para que publicamente se retrate das afirmações injuriosas que me dirigiu, assim repondo a verdade dos factos, arrolando eu próprio como testemunhas, entre outras, também as que o Autor indicou, incluindo o Senhor Presidente da República", refere-se na referida declaração.
O primeiro-ministro, António Costa, apresentou em 27 de abril uma ação cível contra o ex-governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, na qual pede que seja condenado "a retratar-se das afirmações" sobre pressões relativas a Isabel dos Santos, reveladas no livro "O Governador".
Na publicação, Carlos Costa acusou o primeiro-ministro de intromissão política no caso que envolvia Isabel dos Santos e o atual Eurobic. O governador revelou na altura um telefonema "muito curto, irritado e agreste" que terá sido feito por António Costa a dizer que não admitia que o então governador tratasse mal Isabel dos Santos.
Entretanto, Marcelo Rebelo de Sousa confirmou esta sexta-feira o convite de António Costa para testemunhar a seu favor no processo. "É um processo civil e não um processo criminal. Tenho o dever de colaborar com a Justiça dizendo em tribunal o que disse em público há uns meses. O primeiro-ministro perguntou-me se me poderia disponibilizar para confirmar em tribunal o que disse em público e naturalmente disse que sim", destacou o Presidente da República em declarações aos jornalistas.