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Maria Rivas: “Pode haver atrasos na emissão de dívida subordinada da Caixa”

Maria Rivas, analista da DBRS que acompanha a Caixa Geral de Depósitos vê riscos no processo de recapitalização da Caixa e aponta para as dificuldades de se ganhar a confiança dos investidores.

30 de Novembro de 2016 às 19:34
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A DBRS colocou o "rating" da Caixa Geral de Depósitos sob revisão com implicações negativas, sinalizando que pode descer a notação do banco público. Na base dessa decisão esteve a demissão de António Domingues e o impacto que isso pode ter no plano de recapitalização do banco. Em respostas por email ao Negócios, Maria Rivas alerta para atrasos no processo e para a dificuldade de se emitir dívida subordinada. Defende ainda que os factores que poderiam ajudar a CGD a recuperar a confiança dos investidores podem ser difíceis de alcançar.

A DBRS referiu que a emissão de dívida subordinada da CGD poderia ser desafiante. Qual a probabilidade da Caixa conseguir fazer essa operação?

O actual ambiente global continua a ser afectado por um elevado grau de volatilidade no mercado e de falta de confiança dos investidores. Isso, na perspectiva da DBRS, pode implicar um atraso no "timing" da emissões de instrumentos de dívida subordinada.

E se a CGD não conseguir ser bem-sucedida nessa operação, quais poderão ser os impactos no plano de recapitalização acordado com a Comissão Europeia?

Pode potencialmente implicar um atraso nessa parte do plano de recapitalização e, assim, adiar que o banco reconquiste a confiança dos investidores.

E que passos a CGD poderia tomar de forma a reconquistar a confiança dos investidores?

Para reconquistar totalmente a confiança dos investidores seria necessário inicialmente resolver os problemas de governo societário e completar a recapitalização, incluindo a emissão de dívida subordinada. Além disso, a DBRS considera que a CGD necessitaria de regressar aos lucros, melhorar a rentabilidade adicional e reduzir o nível de crédito malparado. Até à data, tudo isto aparenta ser difícil dadas as ainda fracas perspectivas económicas para Portugal, o ambiente de baixas taxas de juro e os maiores requisitos regulatórios.

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