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Ações do Lloyds em alta apesar de queda nos lucros

As contas do banco liderado por Horta Osório continuam a ser penalizadas pelas indemnizações a clientes devido a comissões cobradas indevidamente no passado.

Bloomberg
20 de Fevereiro de 2020 às 13:51
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O Lloyds, banco britânico liderado pelo português António Horta Osório, anunciou esta quinta-feira uma queda nos lucros de 2019, mas as ações estão a reagir em alta uma vez que as estimativas para este ano agradaram aos investidores.

 

O maior banco de retalho do Reino Unido alcançou um resultado antes de impostos de 4,4 mil milhões de libras, o que de acordo com o Guardian fica abaixo dos 6 mil milhões de libras de 2018 e acima dos 3 mil milhões de libras estimados pelos analistas.

 

Olhando apenas para o quarto trimestre, os lucros baixaram para 1,4 mil milhões de libras, o que de acordo com a Bloomberg se situa abaixo dos 1,5 mil milhões de libras estimados pelos analistas.   

 

O banco liderado há nove anos por Horta Osório voltou em 2019 a ser penalizado pelas indemnizações a clientes devido a comissões cobradas indevidamente na venda de seguros de crédito à habitação (PPI, na sigla em inglês). Em 2019 totalizaram 2,5 mil milhões de libras.

 

No mercado as ações estão a reagir em alta, com os investidores agradados com o "outlook" que o banco adiantou para 2020. O Lloyds estima atingir um retorno de capital entre 12% a 13% para este ano, o que compara com os 7,8% registados em 2019.

 

"Apesar de permanecer a incerteza tendo em conta as negociações de acordos de comércio internacionais, existe agora um cenário mais claro e alguns sinais de melhoria de perspetivas", disse Horta Osório, citado pela Bloomberg.

 

Devido à queda dos lucros, o Lloyds reduziu a remuneração de Horta Osório para 4,87 milhões de libras, o que representa um corte de 28% face ao ano anterior e representa menos de metade das 11,5 milhões de libras que recebeu em 2014. Segundo o Guardian, desde que entrou no Lloyds o gestor português auferiu 56,3 milhões de libras, sendo que com este corte agora conhecido passará a ser o segundo banqueiro com remuneração mais elevada (atrás de Jes Staley, CEO do Barclays).

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