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CMVM suspende negociação das acções do BPI

As acções do BPI não vão ser negociadas "até à divulgação de informação relevante sobre o emitente". A decisão da administração da CMVM é tomada no dia em que será votada a desblindagem dos estatutos.

Pedro Elias/Negócios
22 de Julho de 2016 às 07:42
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A negociação das acções do BPI está suspensa. A decisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) foi dada a conhecer meia hora antes do arranque da negociação desta sexta-feira, 22 de Julho. Os títulos do banco presidido por Fernando Ulrich não serão transaccionados em antecipação à assembleia-geral que decidirá o seu futuro.

"O conselho de administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou, nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários, a suspensão da negociação das acções do Banco BPI, S.A., até à divulgação de informação relevante sobre o emitente", assinala o comunicado. 

 

Não é indicado exactamente o motivo para esta decisão da administração presidida por Carlos Tavares mas é tomada num dia importante para o futuro do BPI. É esta sexta-feira que os accionistas do banco vão decidir, com base no diploma governamental que ficou conhecido como "diploma BPI", se os limites de voto vão ter um fim.

Neste momento, os accionistas do BPI não podem votar com mais de 20% dos direitos de voto. O CaixaBank tem perto de 45% mas só pode votar com 20%. Pôr o fim a este limite é essencial para que siga em frente a oferta pública de aquisição lançada pelos catalães do CaixaBank, detido pelo La Caixa. É essa desblindagem que será votada hoje, duas vezes, no Porto, na assembleia-geral. Uma das votações foi marcada pelo accionista Violas Ferreira, em que a desblindagem só ocorre se conseguir mais de dois terços dos votos. Já a segunda votação, marcada pela administração, será feita à luz do novo diploma do Governo, o que faz com que seja precisa a maioria qualificada mas em que não estejam em vigor os limites aos accionistas. 

Havendo desblindagem, a OPA pode avançar. Não ocorrendo, a operação de compra cairá. Neste enquadramento, as acções do BPI não vão ser negociadas esta sexta-feira, ainda que a CMVM não explique qual a informação de que está à espera.

Na última sessão, de quinta-feira, o banco presidido por Fernando Ulrich fechou a cair 1,07% para 1,109 euros por acção. A OPA do CaixaBank foi lançada com uma contrapartida de 1,113 euros. 


(Notícia actualizada às 7:52 com mais informações; antepenúltima parágrafo corrigido às 12:04 com alteração dos votos necessários)

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