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Isabel dos Santos assume posição de neutralidade no BPI

A segunda maior accionista do BPI absteve-se na decisão que suspendeu a assembleia-geral do banco até 6 de Setembro. Isabel dos Santos acredita que os accionistas do BPI ganharam 45 dias para encontrarem uma solução para a instituição.

A empresária angolana Isabel dos Santos tem posições na Galp e na Nos. Isabel dos Santos detém 45% da Esperanza Holding, entidade que tem uma posição de 45% na Amorim Energia. Esta entidade controla 38,34% da Galp. A empresária tem ainda posição na Nos através da Zopt. No total, aquelas posições rendem 47 milhões de euros em dividendos a Isabel dos Santos.
Miguel Baltazar
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Isabel dos Santos assumiu uma posição de neutralidade na assembleia-geral (AG) do BPI, deixando a Holding Violas Ferreira (HVF) sozinha a contestar a iniciativa da administração para pôr fim ao limite de votos no banco.
Ao que o Negócios apurou, a segunda maior accionista do banco absteve-se na votação que aprovou suspender a reunião desta sexta-feira por 45 dias, até 6 de Setembro.

A posição assumida pela Santoro, "holding" da empresária angolana, não significa qualquer aproximação à pretensão do Caixabank de eliminar o limite de votos no BPI. Para Isabel dos Santos, a reunião desta sexta-feira mostra que a oposição à oferta pública de aquisição (OPA) do grupo catalão é mais forte do que se podia admitir.

 

Com esta abstenção a empresária angolana terá pretendido mostrar que continua disponível para uma solução negociada no BPI, apurou o Negócios junto de fonte próxima da segunda maior accionista do banco. Para Isabel dos Santos, a suspensão da AG significa que há mais 45 dias para o bom senso se impor e as partes encontrarem uma solução global para a instituição, designadamente no que diz respeito à necessidade de o BPI reduzir a sua exposição a Angola, tal como exige o Banco Central Europeu (BCE).

 

A deliberação sobre o fim do limite de votos no BPI estava agendada para esta sexta-feira e até havia duas propostas nesse sentido: uma da HVF e outra da administração. De acordo com a lei da desblindagem, a primeira proposta seria votada com o limite de votos em vigor, enquanto a segunda pressupunha a suspensão desta limitação. Mas depois de o presidente da mesa da AG ter anunciado que apenas a proposta da administração seria votada, a HVF apresentou uma providência cautelar que impede esta votação. Isto porque a acta da reunião do conselho que aprovou a proposta não estava assinada.
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