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BPI: Assembleia-geral suspensa por 45 dias

A assembleia-geral marcada para esta sexta-feira, 22 de Julho, para votar o fim do limite de votos no BPI, foi adiada por 45 dias. O novo encontro de accionistas realiza-se a 6 de Setembro.

1690 – BPI - O BPI, tal como o BCP, desceu na classificação, mas pouco. A instituição liderada por Fernando Ulrich desceu de 1.654 para a posição 1.690 na lista das maiores empresas do mundo da Forbes.
Bruno Simão
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A assembleia-geral marcada para esta sexta-feira, 22 de Julho, para votar o fim do limite de votos no BPI, foi adiada por 45 dias, depois da Holding Violas Ferreira (HVF) ter apresentado uma providência cautelar contra a votação da proposta da administração do banco que seria debatida no encontro, apurou o Negócios.

Após a apresentação da providência, o maior accionista do banco, os catalães do CaixaBank, propôs o adiamento da votação da proposta da HVF, que foi aprovado "por 85,02% dos votos expressos", especificou ao início da tarde o banco em comunicado à CMVMO encontro do órgão magno do banco será assim retomado a 6 de Setembro, às 10h00.

A providência cautelar foi decretada ao final do dia desta quinta-feira pelo Tribunal do Porto, revelou Tiago Violas Ferreira, administrador da HVF ao Negócios. 

O "chairman" do BPI, Artur Santos Silva, disse depois que terá sido um administrador do banco a informar a holding de que a acta da proposta do conselho de administração da instituição, que defendia a desblindagem de estatutos, submetida a assembleia-geral. O facto de a acta não estar "formalmente aprovada e assinada" sustentou a providência cautelar.

O arranque da reunião tinha sido marcado pela forte presença de accionistas que se opunham à desblindagem dos estatutos que, a ser aprovada, levantaria o limite de votos a um máximo de 20% do capital.

No início da assembleia-geral do BPI, que decorreu no Porto ("com 463 accionistas, detentores de acções correspondentes a 87,57% do capital social", como o banco fez posteriormente saber) o maior accionista português do banco (HVF) tinha-se pronunciado contra o fim da blindagem dos estatutos da instituição, posição seguida por outros accionistas. 

A primeira proposta de desblindagem dos estatutos sobre a mesa era apresentada pela Holding Violas Ferreira, que detém 2,61% do BPI, e teria de ser aprovada por dois terços do capital, sendo que os accionistas só podem votar com 20% do capital. Ou seja, mesmo o CaixaBank, maior accionista com mais de 44% do BPI, só vota com 20%.

 

Já a segunda proposta, apresentada pela administração, liderada por Fernando Ulrich, permitiria que os accionistas votassem com a percentagem de capital que detêm, necessitando igualmente de dois terços para ser aprovada. Esta possibilidade foi aberta com o diploma governamental, que determinou que os bancos têm de votar até final do ano a desblindagem dos estatutos.


Antes do começo da sessão bolsista, a CMVM suspendeu a negociação dos títulos do banco "até à divulgação de informação relevante sobre o emitente".


(Notícia actualizada às 14:56 com mais informação e referência às declarações de Santos Silva e ao comunicado do BPI à CMVM)
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