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CaixaBI prevê lucro de 97,5 milhões de euros para o BPI

O banco de investimento estima um crescimento de 28,2% do resultado do banco liderado por Fernando Ulrich no primeiro semestre. Mas o factor decisivo será o desfecho da assembleia-geral de accionistas desta sexta-feira.

Miguel Baltazar/Negócios
22 de Julho de 2016 às 10:23
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O BPI deverá mostrar um lucro de 97,5 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2016, mais 28,2% que os 76,1 milhões de euros obtidos no mesmo período do ano anterior, segundo as estimativas do CaixaBI. Focando apenas no segundo trimestre, a previsão para o lucro é de 52 milhões de euros, mais 14,9% que no período homólogo.

"De uma maneira geral a actividade doméstica do BPI deverá continuar a recuperar com base na evolução positiva da margem financeira (menor custo dos depósitos) e do nível do custo do risco de crédito (redução homóloga de cerca de 49% no total de imparidades para crédito face ao segundo trimestre de 2015) ", refere o analista André Rodrigues, numa nota a investidores.

A previsão do CaixaBI para a margem financeira é de uma subida de 2,4% para 171,9 milhões de euros no segundo trimestre face aos primeiros três meses do ano. O BPI revela os resultados ao mercado a 26 de Julho, após o fecho do mercado.

Futuro da OPA é decisivo

André Rodrigues salienta, no entanto, que "o tema principal para o BPI continuar a estar relacionado com os desenvolvimentos futuros associados à solução das questões relacionadas com a ultrapassagem do limite dos grandes riscos em Angola". Acrescenta que, neste contexto, salienta-se a proposta para a aquisição de acções do banco apresentada pelo CaixaBank no dia 18 de Abril". A entidade espanhola oferece 1,113 euros por cada acção do BPI.

No entanto, para a oferta avançar é necessário que se elimine a limitação dos direitos de voto a 20%. Nesse sentido, o BPI realiza esta sexta-feira uma assembleia-geral de accionistas para deliberar sobre a remoção daquela limitação. "A referida eliminação é uma condição sine qua non para o sucesso da oferta pública de aquisição apresentada pelo CaixaBank", observa o CaixaBI. E refere que "apesar de provável oposição de alguns accionistas de referência (onde se incluirão a Santoro Finance, o Banco BIC e o Grupo Violas), consideramos que a eliminação dessa limitação se afigura como mais provável depois da publicação do Decreto-Lei nº20/2016".

Esta lei torna mais fácil a desblindagem dos estatutos de entidades financeiras e foi criticada por Isabel dos Santos, a segunda maior accionista do BPI, que considerou o decreto-lei como o "diploma BPI"

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