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Governo estudou divisão do Novo Banco entre a CGD e BCP
O Executivo tinha em cima da mesa, em Junho, a hipótese de dividir a instituição entre os dois maiores contribuintes do Fundo de Resolução, a Caixa Geral de Depósitos e o BCP, adiantou o Público desta sexta-feira, 3 de Março.
O Governo tinha em cima da mesa, em Junho, a possibilidade de dividir o Novo Banco entre os dois maiores contribuintes do Fundo de Resolução, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco Comercial Português (BCP). No entanto, diz o Público, a difícil execução deste plano e os elevados custos sociais, em conjunto com uma pressão adicional sobre o capital do banco do Estado, levou a que a solução fosse abandonada.
As Finanças tinham em cima da mesa alguns dossiers financeiros que necessitavam de resolução urgente: a saída do Novo Banco do estatuto de banco de transição, que terá que ocorrer até Agosto de 2017 e a recapitalização da CGD em 5.200 milhões de euros, sendo que o banco público estava ainda obrigado a reembolsar o Tesouro em 900 milhões de euros do empréstimo público dos CoCos, entretanto liquidados.
O Estado poderia ainda ter que lidar com a liquidação da última fatia, de 750 milhões, do total de financiamento público do BCP.
O Público citou uma fonte conhecedora das movimentações de 2016 que referiu que António Domingues, que ia nessa altura presidir à CGD terá levantado "fortes objecções" a esta estratégia. "Avisou logo que a solução iria fazer disparar as necessidades de capital da CGD e que era uma via muito difícil de executar e com custos", diz o jornal.
O BCP estava interessado no Novo Banco nessa altura, mas o Governo rapidamente percebeu que não era a melhor solução para a CGD.
O antigo BES está agora em processo de venda. O Governo está a negociar com a Lone Star, mas há mais interessados.