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Vendas automóveis na China descem pelo 2.º ano e queda vai prosseguir
As vendas de automóveis na China recuaram 8,2% em 2019, o segundo ano consecutivo de quebras. A associação automóvel chinesa estima nova queda de 2% este ano.
As vendas de automóveis na China, o maior mercado mundial, sofreram uma quebra de 8,2% no ano passado, para 25,8 milhões de veículos, revelou esta segunda-feira a Associação de Fabricantes Automóveis da China (CAAM), que antecipa novo decréscimo para este ano.
Após crescimentos robustos desde os anos 1990, o mercado chinês registou uma contração de 2,8% em 2018. No ano passado, contudo, a quebra nas vendas acentuou-se, tendo o número de viaturas vendidas encolhido em 2,3 milhões de unidades.
Yale Zhang, analista da consultora Automotive Insight, refere ao Financial Times que o crescimento de 5% nas vendas de automóveis usados também terá afetado as vendas de veículos novos.
E o segmento dos veículos elétricos também foi penalizado pela decisão de Pequim de cortar em mais de 50% os apoios estatais. As vendas de automóveis movidos a novas energias – que incluem elétricos, híbridos plug-in e carros a hidrogénio – recuaram 4% em 2019, para 1,2 milhões, abaixo da meta oficial de 1,6 milhões de unidades.
Pior só a Índia
Entre os principais mercados automóveis do mundo, apenas a Índia, o quarto país em termos de vendas, apresentou uma queda superior à da China. As vendas no mercado indiano afundaram 13%, a maior queda em duas décadas.
Nos EUA, segundo maior mercado mundial, o decréscimo situou-se em 1,2%, enquanto no Japão, terceiro país com mais vendas, o recuo cifrou-se nos 1,9%.