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Moody’s: Coronavírus vai reduzir vendas mundiais em 1,4 milhões de automóveis
A Moody’s reviu as estimativas para as vendas mundiais de automóveis este ano devido ao coronavírus. A agência de notação prevê uma quebra de 2,5% em vez da descida de 0,9% anteriormente avançada.
A Moody’s reviu as estimativas para as vendas mundiais de automóveis este ano devido ao coronavírus, antecipando uma quebra de 2,5% em vez da descida de 0,9% anteriormente avançada. Numa nota divulgada esta quarta-feira, a Moody’s indica também que apenas espera uma recuperação "modesta" em 2021, com um crescimento de 1,5% nas vendas mundiais.
Ainda sem estatísticas oficiais, as vendas de veículos automóveis no ano passado cifraram-se em cerca de 90,3 milhões de unidades, de acordo com a Moody’s, o que representa uma quebra de 4,6% face a 2018.
Nos principais mercados automóveis, a Moody’s prevê uma quebra de 2,9% na China, o que compara com o crescimento de 1% anteriormente previsto pela agência de notação. Em janeiro, as vendas na China caíram 22% em termos homólogos e na primeira quinzena de fevereiro a quebra ascendeu a 92%.
Nos EUA as vendas de automóveis ligeiros deverão sofrer uma queda de 1,2% este ano e recuar 0,6% em 2021. Na Europa ocidental as vendas "deverão decrescer após uma procura acima do esperado no final de 2019", assinala o documento. A quebra prevista pela Moody’s é de 4% para este ano nos ligeiros, mas no próximo ano as vendas deverão recuperar ligeiramente, subindo 1%.
O Japão será o único dos principais mercados onde as vendas irão aumentar, com a Moody’s a antecipar uma subida de 0,4% nas vendas de veículos ligeiros. Este crescimento decorre da quebra maior do que o esperado de 1,4% no ano passado devido a aumentos dos impostos e a perturbações na produção devido a três tufões, refere a nota da Moody’s. Em 2021, o mercado nipónico deverá crescer 0,8%.
Nos outros mercados de maior dimensão a previsão aponta para uma queda de 2,6% este ano e um crescimento de 2,3% em 2021. A Moody’s detalha que antecipa decréscimos na Europa de leste (-2,8%), Rússia (-4%), Canadá, Coreia do Sul e Indonésia. Já na Índia (+0,5%) e México deverá ocorrer um crescimento "modesto". O Brasil e a Argentina deverão apresentar subidas "mais fortes".