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Vendas de automóveis na UE caem 7,5% em janeiro. Volkswagen reforça liderança
As vendas de automóveis ligeiros de passageiros na União Europeia recuaram 7,5% em janeiro em termos homólogos e ficaram pela primeira vez desde 2017 abaixo de um milhão de veículos. O Grupo Volkswagen reforçou a liderança do mercado.
As vendas de automóveis ligeiros de passageiros na União Europeia, excluindo o Reino Unido que saiu da UE no final de janeiro, recuaram 7,5% em janeiro em termos homólogos e ficaram pela primeira vez desde 2017 abaixo de um milhão de veículos, indicou esta terça-feira a Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA).
A ACEA explica a quebra com as alterações fiscais em alguns países, que levaram à antecipação da compra de veículos para dezembro do ano passado, bem como o enfraquecimento da conjuntura económica.
Em Portugal, a quebra nas vendas cifrou-se em 8%.
Grupo Volkswagen reforça liderança
O Grupo Volkswagen aumentou a quota de mercado de 24,4% para 26,6%, apesar das vendas terem recuado 0,4%, para 254,8 mil veículos. Entre as marcas do grupo automóvel alemão destacou-se a Porsche, com uma subida de 76,4%, para 4.570 unidades.
O grupo germânico reforçou o domínio no mercado europeu graças às quebras mais expressivas dos principais rivais.
O grupo PSA (Peugeot, Citroën, Opel e DS), liderado por Carlos Tavares, fechou o primeiro mês do ano com um decréscimo de 12,9% nas vendas, para 158,7 mil unidades. A quota de mercado do grupo francês encolheu de 17,6% para 16,6%.
A Peugeot reduziu as vendas em 8,5%, para 68,6 mil automóveis, enquanto a Citroën recuou 6,5%, terminando o mês com 44,3 mil unidades vendidas. A Opel sofreu uma quebra expressiva de 27,5%, para 41,2 mil veículos. A DS contrariou a tendência negativa e viu as vendas dispararem 50,9%, para 4,6 mil unidades.
A grande derrotada de janeiro, contudo, foi a Renault, que viu a sua "fatia" do mercado europeu diminuir de 10,6% para 9,6%. As vendas do grupo gaulês recuaram 16,3%, para 91,9 mil veículos. As marcas com maiores quebras foram a Alpine (-88,1%), Lada (-41,7%) e Dacia (-30,2%). A suster a "hemorragia" esteve a Renault, cujas vendas caíram 7,4%, para 62,9 mil automóveis.
O grupo Hyundai, que agrega a Hyundai e a Kia, aumentou as vendas em 0,5%, para 67 mil veículos e aumentou a quota de mercado em meio ponto percentual, atingindo os 7%.
O grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) também reforçou o peso no mercado de 6,6% para 6,7%, apesar da descida de 6,7% nas vendas, que se cifraram em 64,1 mil unidades.
A acelerar esteve o grupo BMW, com uma subida de 5,2% nas vendas, para 61,2 mil automóveis, e um ganho de quota de mercado de 0,8 pontos percentuais, para 6,4%.
Também a Toyota viveu um mês positivo, com um incremento de 12,2% nas vendas, para 60,3 mil veículos e uma quota de mercado de 6,3%, mais 1,1 pontos percentuais do que um ano antes.
Ainda com quebras nas vendas surgem a Daimler, casa-mãe da Mercedes, com um decréscimo de 10,4%, a Ford (-22,7%), a Nissan (-4,1%) e a Volvo (-18,1%).