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Venda de carros na UE com quebra recorde de 55,1% em março

O total de carros vendidos desceu aos 567.308, menos de metade das unidades comercializadas em março de 2019.

Inês Gomes Lourenço
17 de Abril de 2020 às 07:54
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As vendas de carros na União Europeia desceram como não havia registo em março, um mês em que a indústria fechou portas e a produção cessou para ajudar a limitar o surto de coronavírus.

Os registos de veículos de passageiros caíram 55,1% em comparação homóloga, disse a Associação de Fabricantes Automóveis Europeus (ACEA, na sigla em inglês).

O total de carros vendidos desceu aos 567.308, menos de metade das 1.264.569 unidades comercializadas em março de 2019.

Segundo a ACEA, os 27 mercados da UE contraíram em março, mas foi Itália que sofreu o maior impacto, com os registos de novos veículos a caírem 85,4%, para 28.326 unidades (em comparação com 194.302 unidades em março de 2019). Da mesma forma, a procura também colapsou em França (-72,2%) e em Espanha (-69,3%) no mês passado. A Alemanha registou uma queda menos severa que os outros principais mercados, ainda que as vendas tenham diminuído 37,7%.

O grupo FCA, que contém a Fiat, assim como o grupo PSA, onde se insere a Peugeot, viram as maiores quebras do mês, com as vendas a caírem 74% e 67%, respetivamente. A Volvo foi a que conseguiu um declínio menos abruto, de 35%.

O esperado é que abril demonstre uma prestação equivalente, uma vez que as fábricas se mantêm condicionadas e o impacto económico da crise decorrente da pandemia deverá ser maior do que o verificado na crise de 2008 e 2009.  

Embora na China, o primeiro país que foi atingido pelo vírus, já existam sinais de recuperação, nos Estados Unidos espera-se assistir ao pior registo de vendas em quase uma década, ao longo de 2020.

Algumas fábricas europeias deverão voltar ao ativo nos próximos meses, como é o caso da Volkswagen, que deve reabrir algumas instalações este mês, e a BMW, que planeia fazê-lo no início de maio.  

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