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Vendas de carros caem 7,4% na Europa. Portugal é o maior mercado a registar subida

As vendas de automóveis ligeiros de passageiros na União Europeia (UE) recuaram 7,4% nos dois primeiros meses do ano. Portugal é o mercado de maior dimensão a registar uma subida nas vendas.

Tabelas do Imposto sobre veículos
iStock
18 de Março de 2020 às 14:28
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As vendas de automóveis ligeiros de passageiros na União Europeia (UE) recuaram 7,4% nos dois primeiros meses do ano, para 1.913.931 veículos, indicam os dados divulgados esta quarta-feira pela Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA).

 

A quebra nas vendas ainda não reflete o impacto da pandemia da covid-19 e, segundo a ACEA, espelha o efeito das "mudanças da fiscalidade em vários países (que antecipou a compra de veículos para dezembro do ano passado), a deterioração das condições económicas globais e a incerteza dos consumidores".

 

A ACEA nota que os quatro maiores mercados sofreram quebras: Alemanha (-9%), França (-7,8%), Itália (-7,3%) e Espanha (-6,8%). Também o Reino Unido, um dos principais mercados europeus, agora excluído da UE, registou uma descida de 5,8%.

 

Portugal acabou por ser o mercado de maior dimensão a contabilizar um acréscimo nas vendas, embora modesto (0,4%). Os outros países com crescimento nas vendas têm todos um volume de unidades inferior ao mercado português. É esse o caso dos mercados com maiores subidas: Lituânia (36%), Chipre (15%), Grécia (5,2%), Croácia (2,3%), Hungria (1,2%) e Estónia (0,5%). Aliás, as vendas de ligeiros de passageiros em Portugal nos dois primeiros meses do ano (34.686 veículos) superam a soma das vendas da Croácia, Chipre, Estónia e Grécia.

 

Grupo Volkswagen atinge quota de mais de 25%

Apesar da quebra de 2,8% nas vendas face a igual período de 2019, o grupo Volkswagen, que inclui as marcas Volkswagen, Audi, Skoda, Porsche, Seat, Bentley, Lamborghini e Bugatti, aumentou a quota de mercado de 24,6% para 25,9%, com um total de 495.250 carros vendidos.

 

Já o grupo PSA (Peugeot, Citroën, DS e Opel) sofreu uma quebra de 10,9%, para 327.472 unidades, vendo a quota de mercado encolher de 17,8% para 17,1%.

 

A Renault registou um desempenho ainda pior, com as vendas a cifrarem-se em 192.206 veículos, o que corresponde a uma quebra de 15,3%. Assim, o grupo francês perdeu um ponto percentual de quota de mercado, para 10%.

 

O grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) manteve a fatia de mercado em 7,1%, tendo as vendas encolhido 6,8%, para 136.428 veículos.

 

Segue-se o grupo Hyundai, que inclui a Kia, com uma subida de 0,8% nas vendas, para 134.769 unidades e uma quota de mercado reforçada de 7% (6,5% um ano antes).

 

O grupo BMW, que tem as marcas BMW e Mini, aumentou as vendas em 4,3%, para 116.926 veículos, o que lhe permitiu aumentar em 0,7 pontos percentuais a quota de mercado, que é agora de 6,1%.

Mas a maior subida foi protagonizada pelo grupo Toyota, que inclui a Lexus, com um crescimento homólogo de 12,1% nas vendas, somando 114,5 mil unidades. O grupo nipónico passou dos 4,9% para os 6% em termos de quota de mercado.

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