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Vendas de carros no Reino Unido recuam para mínimos de seis anos

As vendas de automóveis no Reino Unido, o sexto maior mercado mundial, recuaram 2% no ano passado para o valor mais baixo desde 2013. Também no Japão, o terceiro mercado global, as vendas caíram 1,9%. E a Fitch estima que as vendas mundiais tenham caído cerca de 4%.

Reuters
06 de Janeiro de 2020 às 14:10
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As vendas de automóveis novos no Reino Unido recuaram 2% no ano passado, somando a terceira quebra anual consecutiva, e cifraram-se em 2,31 milhões de unidades, o valor mais baixo desde 2013, segundo dados provisórios divulgados esta segunda-feira pela associação de fabricantes e concessionários automóveis (SMMT) britânica.

A incerteza devido ao Brexit e ao futuro dos veículos a gasóleo – com várias cidades a anunciarem planos de proibir a sua circulação e os efeitos do escândalo das emissões da Volkswagen – são apontados como os dois fatores que mais contribuíram para esta quebra.

"Sem dúvida que a confiança dos consumidores em comprar bens duradouros de elevado valor permanece muito fraca", referiu o diretor da SMMT, Mike Hawes, citado pela Reuters.

O Reino Unido é o sexto maior mercado automóvel a nível mundial e o segundo em termos europeus.

Vendas no Japão também recuam

Também esta segunda-feira foi revelado que as vendas automóveis no Japão, o terceiro maior mercado mundial, caíram 1,9%, para 3,28 milhões de veículos. Esta foi a segunda quebra anual consecutiva no mercado nipónico.

De acordo com os dados divulgados pela associação japonesa de concessionários automóveis (JADA), a Toyota aumentou as vendas em 2,7%, para 1,51 milhões de unidades, enquanto a Nissan, afetada pelo escândalo da detenção do seu ex-presidente Carlos Ghosn, sofreu um decréscimo de 13,8%, para 367.514 unidades. A Honda também viu as vendas encolherem 5,4%, para 357.242 automóveis.

 

Queda mundial estimada em cerca de 4%

A agência de notação financeira Fitch estima que as vendas mundiais de automóveis recuem cerca de 4%, o que corresponde a menos 3,1 milhões de veículos vendidos. Esta seria uma quebra em número de unidades superior à registada em 2008, ano da crise financeira mundial.

A Fitch antecipa que as vendas na China, o maior mercado automóvel mundial, recuem mais de 8%. Nos primeiros 11 meses do ano, as vendas no gigante asiático registaram um decréscimo homólogo de 9,1%, para 23,1 milhões de unidades.

Também nos Estados Unidos, o segundo mercado global, é esperado um declínio nas vendas. A Fitch prevê que sejam vendidos em torno de 17 milhões de veículos, o que represente uma queda de cerca de 1% a 2%.

Adicionalmente, outros dos principais mercados mundiais, como a Rússia e Índia, também apresentavam quebras nas vendas. No caso da Índia, o quarto mercado mundial, a queda nas vendas terá rondado os 13%, a maior queda nas duas últimas décadas. Já na Rússia, décimo maior mercado automóvel, os dados dos primeiros 11 meses do ano passado indicavam uma descida de 2,8%.

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