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Trump critica Harley-Davidson por transferir parte da produção para fora dos EUA
O presidente norte-americano, Donald Trump, criticou a Harley-Davidson por ter anunciado a transferência de parte da produção para fora dos EUA devido às tarifas impostas pela União Europeia (UE) às motos importadas dos Estados Unidos.
Donald Trump recorreu ao Twitter para manifestar "surpresa" pela decisão da fabricante icónica de motos de transferir parte da sua produção para fora dos EUA como forma de contornar as tarifas impostas pela UE às importações de motos dos Estados Unidos.
"Surpreendido que a Harley-Davidson, de todas as empresas, seja a primeira a acenar a bandeira branca. Lutei muito por eles e eles não pagarão tarifas por vender para a UE, que nos prejudicou gravemente no comércio, no valor de 151 mil milhões de dólares. As taxas são só uma desculpa para a Harley – sejam pacientes!", escreveu Trump.
Surprised that Harley-Davidson, of all companies, would be the first to wave the White Flag. I fought hard for them and ultimately they will not pay tariffs selling into the E.U., which has hurt us badly on trade, down $151 Billion. Taxes just a Harley excuse - be patient! #MAGA
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 25 de junho de 2018
Na segunda-feira, a Harley-Davidson indicou que o agravamento das tarifas impostas pela Europa às importações de motociclos produzidos nos EUA de 6% para 31% se traduziria num custo adicional de cerca de 2.200 dólares (1.884 euros, ao câmbio actual) por cada moto exportada dos EUA para a UE, que a fabricante não pretende reflectir no custo para o consumidor final.
Até ao final deste ano, o impacto das tarifas nas contas da fabricante será, por isso, de 30 a 45 milhões de dólares (25,7 a 38,5 milhões de euros).
A Harley-Davidson estima que esta nova taxa – que surgiu em resposta às tarifas sobre o aço e o alumínio implementadas pelos EUA – vá custar à empresa entre 90 a 100 milhões de dólares (cerca de 77 a 86 milhões de euros) por ano.