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Harley-Davidson transfere parte da produção para fora dos EUA para evitar tarifas da UE
A fabricante estima que as tarifas impostas pela UE vão traduzir-se num custo adicional de 2.200 dólares por cada mota exportada dos EUA para aquela região.
A famosa fabricante de motas Harley-Davidson anunciou esta segunda-feira, 25 de Junho, que vai transferir parte da sua produção dos Estados Unidos para outros países de forma a evitar as tarifas impostas pela União Europeia. A Harley-Davidson estima que esta nova taxa – que surgiu em resposta às tarifas sobre o aço e o alumínio implementadas pelos EUA – vá custar à empresa entre 90 a 100 milhões de dólares (cerca de 77 a 86 milhões de euros) por ano.
Num comunicado ao regulador, a empresa adiantou que a tarifa de 25% sobre as importações de certos produtos norte-americanos, incluindo motas de grande cilindrada, traduzir-se-á num custo adicional de 2.200 dólares por cada mota exportada dos Estados Unidos para a União Europeia, que a empresa não quer reflectir no preço final a pagar pelo consumidor.
Até ao final deste ano, o impacto das tarifas nas contas da fabricante será, por isso, de 30 a 45 milhões de dólares.
"A Harley-Davidson acredita que o tremendo aumento dos custos, se passado para os revendedores e clientes de retalho, terá um impacto negativo, imediato e duradouro, no negócio nessa região", refere a empresa, no comunicado citado pela Reuters.
De acordo com a agência noticiosa, a fabricante de motas tem feito esforços no sentido de aumentar as suas vendas além-fronteiras dos actuais 43% do volume total para 50%.
Em Janeiro, a empresa anunciou o encerramento da sua unidade de produção em Kansas City, Missouri, como parte de um plano de consolidação que foi posto em prática depois de as suas vendas para o exterior terem caído para o nível mais baixo em seis anos.
Em 2017, a Harley-Davidson vendeu quase 40 mil motas na Europa, que representaram 14% das vendas totais.