A Seat, filial do grupo alemão Volskwagen, abandonará a partir do próximo ano o seu negócio na Rússia, segundo o jornal local o "Kommersant" devido à situação económica actual e às flutuações do mercado russo. Assim, o jornal sublinha que a marca espanhola tem começado a reduzir a sua rede de distribuição no país.

De acordo com a publicação, a Seat já teria comunicado aos seus clientes a sua intenção de deixar o país. Do mesmo modo, a Seat cumprirá com todos os seus compromissos, além de garantir aos seus clientes que não terão problemas nem de manutenção, nem de outro tipo de serviços.   

A Seat desembarcou no mercado russo em 1996 e um ano depois vendeu cerca de 600 unidades. As vendas foram suspensas em 1999 por causa da falta de procura, mas em 2012 voltou pela mão do grupo Volskwagen e em 2013 conseguiu vender 3.400 unidades.

Entre os meses de Janeiro e Outubro deste ano, as vendas da Seat desceram 57%, para os 1.300 veículos. Actualmente, a marca comercializa no país três modelos: dois utilitários, o "Ibiza" e o "León", e um monovolume, o "Alhambra".  

De acordo com dados fornecidos pelo Serviço Federal de Alfândegas da Rússia, nos primeiros nove meses do ano as importações de automóveis caíram 19,7%, de 669.900 unidades no mesmo período de 2013 para 537.900 neste ano.

O encarecimento do crédito e a desvalorização do rublo são os principais factores que condicionam a queda das importações das marcas que não se produzem em solo russo.  

Além da espanhola, especialistas consultados pelo jornal russo apontam que outras firmas estrangeiras como a italiana Fiat poderão também abandonar o mercado russo proximamente, a Fiat encerrou Outubro com uma diminuição de vendas na Rússia de 3% para 6.100 unidades.