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SAG agrava perdas de 12 para 177 milhões em 2018

A SAG Gest registou um prejuízo de 177,1 milhões de euros no ano passado, contra 12,7 milhões de perdas em 2017.

João Pereira Coutinho é o principal accionista da SAG, ao controlar quase 81% do capital. Uma participação que vale 17,8 milhões de euros e que desvalorizou 3,13 milhões de euros, ou 14,94%, no primeiro semestre.
13 de Maio de 2019 às 18:28
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A SAG Gest – Soluções Automóvel Global, liderada por João Pereira Coutinho (na foto), reportou esta segunda-feira as suas contas de 2018, com um resultado líquido negativo de 177,1 milhões de euros, um forte agravamento face às perdas de 12,7 milhões um ano antes.

Já a dívida líquida ascendeu a 70,1 milhões, o que representa um aumento de 1,1 milhões face aos 69 milhões reportados no final de 2017.

 

Por outro lado, salienta o documento dos resultados, doi registada uma imparidade com parte relacionada no montante de 141,3 milhões."Como consequência, os capitais próprios a 31 de dezembro de 2018 são negativos em 176,4 mil euros".

A SAG deveria ter apresentado as contas de 2018 até 30 de abril, mas nesse dia avisou, em comunicado ao mercado, que só o iria fazer este mês.

Nas perspetivas para 2019, a empresa sublinha que apesar do processo de reestruturação concluído pela SAG Gest em dezembro de 2015 com os seus principais bancos lhe ter permitido o reequilíbrio da sua estrutura financeira consolidada e criado condições para a continuidade das operações da empresa e das suas participadas (o Grupo SAG), acontece que, no final do exercício de 2017, com a deterioração das condições do negócio, a situação financeira do Grupo SAG deteriorou-se, agravando assim o risco de liquidez e a sua rentabilidade operacional e financeira.

 

Na sequência destes eventos, no início de 2018, e com o objetivo de permitir a continuidade das operações do Grupo SAG, o conselho de administração da SAG Gest começou a desenvolver, em conjunto com as marcas representadas pela subsidiária SIVA um plano de reposicionamento do seu negócio de forma a inverter a situação e garantir a sustentabilidade de todo o grupo e, em consequênci,a o seu acesso às fontes de financiamento necessárias para a sua atividade, salienta o comunicado.

 

Neste contexto, as demonstrações financeiras de 2018 da SAG Gest e das suas participadas "foram preparadas com base no princípio da continuidade das operações, por ser convicção do conselho de administração que as negociações se iriam concluir com sucesso".

 

"Adicionalmente, e como resposta à situação em que o Grupo se encontra, a administração tem vindo a desenvolver diariamente uma gestão criteriosa no que respeita à sua atividade operacional, focada nos seus fluxos de caixa, tendo ajustado os planos de compras com as diversas marcas do Grupo VW, reduzindo o volume de encomendas e solicitado a redução dos prazos de recebimento dos apoios comerciais das marcas", refere.

Venda da SIVA, OPA sobre a SAG e pagamento à banca

 

Recorde-se que João Pereira Coutinho, que através da SIVA tem distribuído marcas do grupo Volkswagen, anunciou a 30 de abril o lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a empresa.

 

Esta OPA surgiu na sequência de uma complexa operação que pressupõe a saída da SAG do setor automóvel e a venda da SIVA à Porsche Holding Gesellschaft. Um negócio efetuado por 1 euro e que tem o apoio dos bancos credores da empresa automóvel, que com esta operação garantem o pagamento de parte da dívida. 



(notícia atualizada às 18:43)

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