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SAG dispara mais de 5% após OPA. Pereira Coutinho paga 1 milhão para chegar a 100%  

O empresário terá de gastar pouco mais de 1 milhão de euros para passar a controlar 100% do capital da SAG.

02 de Maio de 2019 às 09:06
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As ações da SAG estão em alta na bolsa, refletindo a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo seu maior acionista, João Pereira Coutinho, após o fecho da sessão de terça-feira.

 

Os títulos disparam 5,96% para 6,04 cêntimos, ainda abaixo da contrapartida da OPA, que é de 6,15 cêntimos. Esta subida eleva o ganho anual da SAG para 20,4% e a capitalização bolsista da companhia para 10,2 milhões de euros.


Apesar da subida de hoje das ações, a contrapartida oferecida pelo empresário situa-se bem abaixo dos valores a que a SAG transacionava em 2018. Há precisamente um ano as ações apresentavam uma cotação que era mais do dobro da atual, sendo que os títulos foram perdendo valor à medida que eram publicadas notícias sobre as dificuldades financeiras registadas pela SAG. 
 
 


João Pereira Coutinho já controla 80% do capital da SAG e 88,86% dos direitos de voto, pelo que a oferta incide apenas sobre pouco mais de 10% do capital da empresa, que tem em carteira quase 10% do capital em ações próprias.

 

Assim, para comprar as cerca de 17 milhões de ações da SAG que não controla, Pereira Coutinho terá de desembolsar pouco mais de 1 milhão de euros.

 

O objetivo de chegar aos 90% dos direitos de voto não está distante, pelo que Pereira Coutinho deverá depois avançar para a retirada de bolsa companhia.

 

Esta operação surge no âmbito da venda da atividade do setor automóvel por parte da SAG, que chegou a acordo para alienar a SIVA à Porsche Holding, a maior distribuidora automóvel da Europa e detida na totalidade pela Volkswagen.

 

Este negócio foi concretizado por 1 euro e pressupõe um perdão de dívida da SIVA à SAG e dos bancos credores a estas duas companhias.

 

De acordo com o comunicado, o PER das duas companhias contempla um acordo extrajudicial que prevê que os créditos subordinados da SIVA e de outras sociedades do grupo sobre a SAG, no montante total de 253,2 milhões de euros, "serão integralmente extintos por remissão". 

Também os bancos aceitaram perdoar parcialmente créditos da SAG no valor de 16 milhões de euros e, no caso dos créditos à SIVA não fica um valor fechado, com os bancos a admitirem extinguir um "valor mínimo de 100 milhões" de euros. 

 

O Banco Comercial Português, o Banco BPI, a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco aceitaram assim apoiar o PER da SAG e da SIVA e efetuar um perdão de dívida de pelo menos 116 milhões de euros às duas companhias.

 

Também na terça-feira a SAG anunciou que fechou o exercício de 2018 com um resultado líquido negativo de 179,6 milhões de euros, depois de ter registado uma imparidade de 152 milhões de euros.

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