Com a quebra de vendas no sector automóvel, a Renault decidiu avançar para a venda da particvipação na Volvo AB, pelo valor de 1,92 mil milhões de dólares (1,47 mil milhões de euros) com o intuito de baixar a sua dívida.

Esta venda vai dar alguma margem à Renault para respirar, numa altura em que as quebras nas suas vendas são maiores que a de qualquer outra marca na Europa. Assim termina a ligação de 11 anos como maior accionista da construtora sueca.

A venda foi realizada a 92,25 coroas suecas (10,66 euros) por acção, 3,8% abaixo do valor de fecho, ou seja, 11,08 euros. Com esta medida, o grupo francês tenciona usar o capital adquirido para investir em França, na Rússia e na China, de acordo com a Bloomberg. 

Neste momento, muitas outras marcas encontram-se a atravessar dificuldades, sendo que os casos mais graves são os da PSA Peugeot Citroen que se encontra a tentar assegurar uma verba de 7 mil milhões de euros do governo francês. A Ford Motor e a General Motors foram obrigadas a fechar algumas fábricas, e a Fiat viu-se a braços com uma redução de 1.500 postos de trabalho.

A construtora francesa foi a última marca a tomar medidas, numa altura em que as vendas caíram cerca de 18%, o que resulta na maior quebra de vendas dos últimos 19 anos.  A decisão foi aplaudida por vários analistas que a encararam como uma forma de obter financiamento para investir em novos modelos e em nova tecnologia.