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Metade dos portugueses pensam comprar carro elétrico

Redução das emissões, custos de manutenção e apoios do Estado influenciam a opção por um veículo elétrico, apesar de limitações como o preço de aquisição, a autonomia limitada e a falta de infraestruturas de carregamento.

A IP quer considerar alternativas de receita em resultado da alteração do paradigma introduzido pelas viaturas elétricas.
Valentyn Ogirenko/Reuters
22 de Fevereiro de 2021 às 11:27
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Quase metade (49%) dos condutores portugueses dizem que provavelmente ou quase de certeza que o próximo carro que vão comprar será um elétrico, havendo ainda 31% a responder que talvez mudem para este tipo de veículo.

 

Esta é uma das conclusões de um inquérito online realizado pela LeasePlan em conjunto com a Ipsos, em que 77% dos portugueses dizem também acreditar que até ao final desta década a maioria dos novos veículos vão ser elétricos ou com emissões zero.

 

A redução nas emissões de CO2 (59%), os custos de manutenção mais baixos (57%) e os subsídios governamentais ou benefícios fiscais (41%) são os motivos mais apontados pelos inquiridos em Portugal para optarem pela compra ou por fazer um renting de um veículo elétrico.

 

Por outro lado, segundo um comunicado enviado às redações, os principais impedimentos para a opção pelo carro elétrico são o preço de aquisição (64%), a autonomia limitada (55%) e a insuficiência das infraestruturas de carregamento (38%), seja em casa, no trabalho ou nas estradas.

 

No ano passado, os veículos a gasóleo e a gasolina perderam representatividade no mercado nacional. Em sentido contrário, os veículos eletrificados – híbridos convencionais, híbridos plug-in e automóveis totalmente elétricos – passaram de uma quota de 9,9% para 21,7%, colocando pela primeira vez as motorizações de combustão interna abaixo dos 80%.

 

Ainda assim, Portugal caiu de 6º para 12º na Europa e de 3º para 6º na União Europeia em termos de peso de automóveis elétricos no total do mercado, destacando-se as subidas expressivas nos três maiores mercados automóveis na Europa: Alemanha, França e Reino Unido. Na Noruega, os elétricos representaram, pela primeira vez, mais de metade das vendas (54,3%).

 

A edição "VEs & Sustentabilidade" do relatório anual da LeasePlan "Mobility Insights" foi realizada num total de 22 países: Austrália, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos da América.

Na semana passada, a associação ambientalista Zero lançou uma plataforma online para divulgar os carros elétricos que existem no mercado nacional (características e vantagens ambientais e económicas), prometendo informações independentes, e também para "desmistificar mitos ainda existentes sobre a tecnologia elétrica".

Comprar menos carros e mais baratos em 2021 O número de portugueses a manifestar vontade em comprar um automóvel nos próximos 12 meses baixou para 23%, em comparação com os 35% que o referiam no final de 2019, mantendo-se abaixo da média europeia (27%) e mundial (32%). De acordo com os dados do Observador Cetelem, divulgados esta segunda-feira, 22 de fevereiro, 40% afirma que a crise sanitária e os consequentes impactos económicos terão influência no valor que tencionam gastar na aquisição de um veículo. Ainda assim, em Portugal só um cada cinco pessoas em Portugal faz a associação direta entre a pandemia e a intenção de compra.
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