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Já compensa comprar um carro elétrico? Estudo da Deco aponta que sim

O estudo da Deco Proteste conclui que já compensa comprar um carro elétrico, tendo em conta os custos de propriedade e utilização das várias tecnologias disponíveis.

Carros elétricos e híbridos plug-in dispararam vendas em janeiro.
Benoit Tessier/Reuters
29 de Junho de 2021 às 13:00
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Já compensa comprar um carro elétrico em Portugal, conclui um estudo da organização de defesa dos consumidores, a Deco Proteste. A organização calculou os custos de propriedade e utilização das várias tecnologias disponíveis para automóveis elétricos de três dimensões (pequena, média e grande).

A análise conclui que, em Portugal, os carros elétricos do segmento pequeno e médio comprados hoje "são a opção mais barata para muitos consumidores e a melhor escolha ao longo da vida do veículo". A organização refere que "a poupança e a sustentabilidade ambiental também estão garantidas na compra de um carro elétrico".

Para quem anda mais de 25 mil quilómetros por ano e queira manter o carro por um período de seis anos, um elétrico de segmento médio permite economizar "entre 12.600 euros" comparando com os modelos a gasolina e na ordem de "6.300 euros" em comparação com os modelos a gasóleo.

"A poupança é, sobretudo, significativa para quem é proprietário de um elétrico em segunda e terceira mão, pois sofre menor desvalorização e beneficia ao máximo dos baixos custos de energia e de manutenção", refere o estudo, que foi feito também em países como Espanha, Bélgica, Itália, França, Alemanha, Chipre, Lituânia e Eslovénia.

No cálculo total, foram considerados os custos com a utilização e propriedade dos veículos elétricos, como o preço de veículos e a depreciação do mercado; os custos e o consumo de combustível/eletriticidade; os impostos, como o ISV, registo e IUC; e ainda os custos de seguro e manutenção. Nesta análise, o carro elétrico foi aquele que apresentou o custo de posse e utilização mais baixo. Os incentivos à compra não foram tidos em conta nestes cálculos. Os cálculos vão até 2030, baseado nas tendências de evolução de custos até esse ano.

No caso de maiores dimensões, os elétricos só começam a ser competitivos nesta análise a partir de 2023, com a redução expectável do custo de aquisição e a aproximação aos veículos idênticos de outras tecnologias.

Alexandre Marvão, especialista em mobilidade da Deco Proteste, é necessário "garantir estabilidade fiscal a longo prazo e a redução efetiva do preço dos elétricos, quer pelo aumento da oferta, quer pela redução do custo das baterias e, por consequência, do custo de aquisição". Este responsável acrescenta também que "o incentivo também deve passar pela retoma dos subsídios ao abate de veículos em fim de vida que tenham emissões elevadas, quando a troca se faça para aquisição de veículos elétricos (carros, motas ou bicicletas)".
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