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Mary Barra: A mulher que estará ao volante da GM

A história de Mary Barra, que na passada quarta-feira foi oficializada como nova CEO da General Motors, é peculiar em muitos aspectos. A imprensa internacional exortou o facto de ser a primeira mulher nos comandos de um grupo automóvel, mas há outra singularidade: passa da direcção dos recursos humanos para a liderança da companhia. Pelo meio, num mundo em que os executivos saltam de empresa em empresa, ela permanece na GM há 33 anos

7 - Mary Barra, presidente executiva da General Motors
Bloomberg
16 de Janeiro de 2014 às 20:16
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A colunista do Washington Post especialista em liderança, Jena McGregor, salienta que é incomum nos grandes grupos a passagem dos Recursos Humanos para um posto de liderança executiva. “Mesmo tendo em conta que os CEO frequentemente referem que os recursos humanos são a sua principal matéria-prima, é raro que um quadro vindo do departamento de RH chegue ao topo da companhia”.  “Não é o percurso normal de quem chega a CEO”, corrobora, John Wood, vice-presidente da empresa de recrutamento de executivos Heidrick & Struggles.

 

A mesma especialista em liderança, Jena McGregor, explica o porquê de a ligação entre recursos humanos e liderança executiva não ser directa no mundo empresarial. “Em algumas empresas, os recursos humanos têm ainda a reputação de serem um lugar recôndito onde se trata de questões administrativas. Mas tipicamente, o maior impedimento é não terem experiência de gestão ou a responsabilidade de trabalhar com perdas e lucros”, defende McGregor.

 

Numa abordagem diferente, à tomada de posse da executiva de 52 anos, a revista Forbes diz que Mary Barra é amada pelas câmaras fotográficas, pelos empregados, mas questiona se os investidores a vêem da mesma

Não é o percurso normal de quem chega a CEO
 
John Wood, vice-presidente da empresa de recrutamento de executivos Heidrick & Struggles

forma.

 

Barra iniciou a sua caminhada na GM com um vídeo destinado aos trabalhadores do grupo, com uma mensagem para que continuassem a melhorar o desempenho. A executiva é ainda elogiada por manter a calma em momentos de grande pressão.

 

Mas a mesma revista económica coloca uma interrogação: qual será a percepção dos investidores? A Forbes avança que os sinais são de desapontamento face às diminutas previsões de ganhos em 2014, tal como a permanência de alguns focos de instabilidade pelo Mundo. As acções do grupo de Detroit caíram 2% na última quarta-feira, um dia depois de comunicar que ia distribuir os primeiros dividendos por accionistas desde a crise de 2008.

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