O grupo PSA fechou o ano de 2016 com lucros operacionais de 3,24 mil milhões de euros, uma subida de 18,6% face aos 2,73 mil milhões de euros registados no ano anterior.

Os resultados são conhecidos numa altura em que o grupo francês está a tentar alcançar um acordo para a compra da divisão europeia da General Motors, o que na prática representa uma fusão entre as empresas que fabricam as marcas Peugeot, Citroën e Opel.

"Estamos prontos para agarrar oportunidades", depois de acumular 8 mil milhões de free cash flow desde o final de 2013, afirmou o CFO da PSA, Jean-Baptiste de Chatillon, numa conference call realizada esta quinta-feira, citado pela Bloomberg. A PSA pode agora usar "este dinheiro para fazer investimentos rentáveis e investir no melhor interesse dos nossos accionistas."

O presidente executivo do grupo francês, Carlos Tavares (na foto), procura apoio para este negócio, tendo já garantido a líderes governamentais, como a chanceler alemã Angela Merkel, que vai proteger os funcionários da Opel.

A aquisição das operações europeias da GM – avaliadas em cerca de 2 mil milhões de dólares (cerca de 1,89 mil milhões de euros) – impulsionaria a PSA para o segundo lugar no mercado automóvel europeu, atrás da Volkswagen.

Enquanto a PSA regressou aos lucros em 2014, após três anos de perdas, a divisão europeia da GM registou mais de 20 mil milhões de dólares de défices desde 1999. A quota de mercado combinada das empresas na Europa, de 16,3% no ano passado, compara com 10,1% da Renault e 24,1% da Volkswagen.