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Gigafábrica da Tesla em Portugal "dificilmente será noutro sítio que não o Alentejo"

O movimento que nasceu nas redes sociais "bring Tesla Gigafactory to Portugal", quer ajudar o país a atrair este investimento. A região Sul do país seria o local mais provável para instalar a fábrica de carros eléctricos, defendem.

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21 de Março de 2017 às 14:32
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O Alentejo é a região portuguesa mais provável para a Tesla instalar a sua gigafábrica. Se Elon Musk vier a escolher Portugal para instalar uma nova fábrica europeia, a região sul do país é a que reúne mais condições para acolher a unidade que produz os carros eléctricos da marca norte-americana. 

A conclusão é dos estudos realizados pelo movimento "Bring Tesla Gigafactory to Portugal", um movimento "agregador da sociedade civil" que nasceu espontaneamente no Facebook em Novembro, após a Tesla ter abordado vários países europeus com o objectivo de procurar uma lozalização para uma segunda fábrica na Europa. Portugal foi um dos países que recebeu uma comitiva da Tesla, conforme avançou o Ministério da Economia em Novembro.

A gigafábrica em Portugal "dificilmente será noutro sítio que não o Alentejo", disse Rui Miguel Coelho, co-fundador deste movimento, esta terça-feira, 21 de Março

"Todos os estudos técnicos que os nossos engenheiros e equipa de trabalho fez, apontam claramente que seja no Alentejo. É muito improvável que seja noutro sítio que não o Alentejo", afirmou, num evento em Lisboa que serviu para apresentar o trabalho realizado por este movimento que não tem ligações nem à Tesla, nem a entidades oficiais e cujo objectivo é tentar chamar a atenção de Elon Musk para escolher Portugal para instalar a sua gigafábrica.


O porto de Sines, as ligações a Espanha, e as muitas horas de elevada exposição solar nesta região, são alguns dos factores que podem fazer com que esta região seja escolhida, se este investimento vier a ter lugar.


Rui Miguel Coelho acredita que "Portugal tem uma hipótese muito elevada de ser elegível para o investimento, ou pelo menos para o close call de três localizações, isto é absolutamente seguro e certo".

"Este investimento representa metade do PIB português em contrapartidas directas e indirectas a 20 anos", fez questão de sublinhar.

Presente no evento esteve um norte-americano que trabalhou seis anos na área de marketing e vendas da Tesla e reside agora em Portugal. "Comecei em 2008 quando a companhia tinha menos de 200 pessoas, e não tínhamos fabricado um único carro, estávamos a um mês de entregar o primeiro carro, que era um Tesla Roadster. Quando deixei a empresa, esta tinha já mais de sete mil trabalhadores, mais de 30 mil veículos em 40 países", contou Colin Gillingham ao Negócios à margem do evento.


O agora consultor de startups está optimista sobre as hipóteses de Portugal. "Penso que existe uma possibilidade real", destacando o lítio que existe no país e a "cultura que apoia a inovação e o empreendedorismo".

E diz que está disposto a ajudar o país a atrair este investimento. "Conheço algumas pessoas que deverão estar encarregadas de escolher a localização, estou aqui a ver se posso ajudar a entregar o convite que querem entregar ao Elon Musk".

"É uma pessoa que vai muitos aos detalhes. Está atento a tudo. Desde ao grande panorama como aos parafusos dos automóveis. A sua capacidade de ser produtivo não tem igual", afirma.

No início de Novembro, o líder da Tesla, Elon Musk, revelou que a companhia estava a planear instalar uma fábrica na Europa e que o país seria escolhido no próximo ano.  Vários países europeus, como Espanha, Holanda e França, chegaram-se à frente para atrair o investimento da Tesla. Em Fevereiro, a Tesla anunciou que iria anunciar as localizações das suas próximas três gigafábricas ainda este ano, não detalhando se alguma vai ser na Europa.


Contactada pelo Negócios em Novembro, a Tesla apontou que uma fábrica europeia só avança no longo prazo: "Sempre dissemos que faria sentido no longo prazo ter uma fábrica próxima dos mercados principais (Europa e Ásia), a juntar às nossas fábricas nos EUA. No entanto, actualmente não estamos à procura de uma localização".

Presente no evento também esteve um responsável da embaixada do Japão, o ministro-conselheiro Sadayoshi Takagawa. A japonesa Panasonic tem investido na Tesla e é responsável por produzir as baterias de iões-lítio que dão energia aos carros eléctricos, sendo a segunda maior produtora mundial.

O diplomata destacou alguns dos pontos fortes de Portugal que podem ajudar a atrair o investimento da Tesla, como a "segurança", a "estabilidade política" e a "maior reserva de lítio da Europa".

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