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General Motors despede 2.700 na Venezuela depois de encerramento de fábrica
A subsidiária na Venezuela da fabricante automóvel norte-americana General Motors enviou uma mensagem a cerca de 2.700 funcionários, informando-os que já não são trabalhadores da empresa e que foram depositadas nas suas contas bancárias as respectivas indemnizações por cessação do contrato de trabalho.
Na semana passada, um tribunal venezuelano decretou o arresto de uma fábrica da General Motors na Venezuela, dando assim provimento à reivindicação de duas concessionárias do país, que intentaram um processo contra a subsidiária venezuelana da GM em 2009 por não ter cumprido uma venda acordada de 10.000 veículos.
Hoje, essa mesma subsidiária comunicou aos seus perto de 2.700 funcionários que já não têm emprego e que foi depositado na conta de cada um o valor da respectiva indemnização por cessão do contrato de trabalho, avançou a Reuters citando um desses trabalhadores.
Os referidos funcionários disseram à Reuters que, antes de o arresto ser anunciado, a General Motors já tinha começado a desmantelar a fábrica, que não produziu um único carro desde o início de 2016 devido à escassez de peças e aos rigorosos controlos de divisas na Venezuela.
Este arresto, que a GM considerou "ilegal", surgiu em plena crise económica e social na Venezuela – que tem vindo a penalizar muitas empresas norte-americanas.
"Recebemos todos um pagamento e uma mensagem de texto", comentou à agência noticiosa britânica um funcionário que trabalhava para a empresa há mais de uma década, acrescentando que a conta do seu email de trabalho foi desactivada durante o fim-de-semana.
A General Motors tinha já referido na semana passada que estava a suspender as suas operações e a despedir os trabalhadores devido ao "arresto ilegal dos seus activos, por ordem judicial".
A Reuters sublinha que o governo de Nicolas Maduro já veio dizer que não está a tentar expropriar a fábrica, que funcionava há 35 anos no país, e apelou à GM para regressar.
"Ao actual presidente da General Motors na Venezuela, Jose Cavaileri, tenho a dizer o seguinte: venha cá, mostre-se e partilhe connosco as opções para restaurar a normalidade", declarou o ministro venezuelano do Trabalho, Francisco Torrealba.