Notícia
Venezuela apreende fábrica da General Motors e empresa interrompe produção
Em causa uma batalha judicial que se arrasta desde 2000, quando um concessionário da empresa pediu uma indemnização ao fabricante norte-americano.
A General Motors suspendeu a produção na única fábrica na Venezuela, a de Valencia, depois de as autoridades do país terem arrestado as instalações e os automóveis ali fabricados. A posse do edifício e dos bens, para pagamento de indemnização a um antigo concessionário, foi decidida numa altura em que decorrem protestos contra o governo.
Num comunicado, o fabricante norte-americano sediado em Detroit considerou que a intervenção – que levou à retirada de veículos da fábrica – foi "ilegal" e causou danos irreparáveis à companhia, referem a Associated Press e a NBC.
O arresto foi decidido pelo Tribunal Civil, Mercantil e de Trânsito da Circunscrição Judicial do estado de Zulia. Na base da tomada de posse – que impede o acesso aos bens e poderá incluir o congelamento das contas bancárias – deverá estar um caso judicial que se arrasta desde 2000, quando um antigo concessionário de Maracaibo pediu uma indemnização de 476 mil milhões de bolívares (44,3 mil milhões de euros à cotação actual), segundo o El Universal, pelo cancelamento do seu contrato por alegada "ineficiência".
O arresto terá acontecido "ignorando totalmente" os direitos legais do construtor, alega. A GM "rejeita fortemente as medidas arbitrárias tomadas pelas autoridades e empreenderá todas as acções legais, dentro e fora da Venezuela, para defender os seus direitos," refere a companhia na mesma nota. A acção é, classifica, "improcedente, absurda, e sem lógica jurídica."
A empresa mostrou-se disponível para compensar os trabalhadores, caso o governo o permita, pelo fim da relação contratual de trabalho resultante de motivos alheios aos colaboradores e à companhia. Já os concessionários continuarão – ao contrário da fábrica – a trabalhar.
A sucursal da GM no país, a General Motors Venezolana, existe há quase 70 anos e emprega quase 2.700 trabalhadores, contando com 79 concessionários no país que, por sua vez, dão emprego a 3.900 pessoas. O grupo norte-americano será ainda responsável por fornecer metade do mercado de peças sobresselentes no país.
As acções da General Motors avançam 0,65% para 34,01 dólares em Nova Iorque.
As manifestações no país latino-americano - a braços com escassez de alimentos e inflação galopante, o terceiro ano de recessão e uma taxa de desemprego que poderá ultrapassar os 25% este ano - têm-se sucedido no último mês, sobretudo depois de a administração do presidente Nicolas Maduro ter impedido o líder da oposição, Henrique Capriles, de assumir quaisquer funções públicas nos próximos 15 anos.
Num comunicado, o fabricante norte-americano sediado em Detroit considerou que a intervenção – que levou à retirada de veículos da fábrica – foi "ilegal" e causou danos irreparáveis à companhia, referem a Associated Press e a NBC.
O arresto terá acontecido "ignorando totalmente" os direitos legais do construtor, alega. A GM "rejeita fortemente as medidas arbitrárias tomadas pelas autoridades e empreenderá todas as acções legais, dentro e fora da Venezuela, para defender os seus direitos," refere a companhia na mesma nota. A acção é, classifica, "improcedente, absurda, e sem lógica jurídica."
A empresa mostrou-se disponível para compensar os trabalhadores, caso o governo o permita, pelo fim da relação contratual de trabalho resultante de motivos alheios aos colaboradores e à companhia. Já os concessionários continuarão – ao contrário da fábrica – a trabalhar.
A sucursal da GM no país, a General Motors Venezolana, existe há quase 70 anos e emprega quase 2.700 trabalhadores, contando com 79 concessionários no país que, por sua vez, dão emprego a 3.900 pessoas. O grupo norte-americano será ainda responsável por fornecer metade do mercado de peças sobresselentes no país.
As acções da General Motors avançam 0,65% para 34,01 dólares em Nova Iorque.
As manifestações no país latino-americano - a braços com escassez de alimentos e inflação galopante, o terceiro ano de recessão e uma taxa de desemprego que poderá ultrapassar os 25% este ano - têm-se sucedido no último mês, sobretudo depois de a administração do presidente Nicolas Maduro ter impedido o líder da oposição, Henrique Capriles, de assumir quaisquer funções públicas nos próximos 15 anos.