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CEO da Caixa Geral de Depósitos: “Não vamos fechar agências”
Paulo Macedo assegura que a modernização da rede não implica uma redução dos serviços prestados nos balcões neste ano e no próximo e acrescentou que o banco vai prestar especial atenção às pessoas mais iletradas.
O CEO da Caixa Geral de Depósitos (CGD) garantiu no parlamento que o banco público não tem em vista encerramento de balcões neste ano e no próximo e garantiu que os clientes não serão afetados pela reorganização denunciada pelos trabalhadores, segundo os quais a modernização da rede vai resultar numa redução dos serviços prestados nos balcões.
O banco público não vai diminuir a rede, começou por assegurar perante os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças. "Não vamos fechar agências", afirmou Paulo Macedo, que está a ser ouvido sobre os serviços prestados pela Caixa, na sequência de denúncias da Comissão de Trabalhadores segundo as quais a instituição iria reduzir a variedade de operações disponíveis nalgumas agências.
"Vamos manter serviço público de proximidade", continuou, realçando que a insittuição financeira está em 99,4% dos concelhos do país. "Só não estamos em dois e o segundo banco está em 57%", atirou.
Com o banco a implementar o novo modelo "Noma Smart", parte dos balcões serão modernizados, passando a ter menos funcionários no atendimento ao público, em contrapartida de maior automatização das operações.
"Fizemos um levantamento agência a agência e as pessoas iletradas vão ter apoio", acrescentou o presidente da comissão executiva do banco público, rejeitando que os clientes – sobretudo no interior ou mais idosos – possam ser prejudicados.
Quanto ao número de trabalhadores (no final de setembro, a Caixa Geral de Depósitos tinha 6.243 trabalhadores e 512 agências, números que se têm mantido estáveis nos últimos anos), distinguiu a forma como a instituição financeira do Estado gere esse processo. "A redução de pessoas acontece em toda a banca e de forma totalmente distinta dos outros bancos na Caixa. Nos outros houve despedimentos coletivos. Na Caixa todos os anos temos 500 pessoas que aproveitam as condições sem paralelo no mercado para se reformarem aos 55 anos", enfatizou.