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Montenegro elogia novo secretário-geral que está a "pagar para trabalhar"

O primeiro-ministro promete melhores salários na Administração Pública, para a tornar mais competitiva. Montenegro discursou durante a tomada de Carlos Costa Neves como secretário-geral do Governo, a quem agradeceu, em particular, por estar a "pagar para trabalhar".

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O primeiro-ministro deixou esta terça-feira elogios e agradecimentos ao novo secretário-geral do Governo, Carlos Costa Neves, sublinhando que está a "pagar para trabalhar".

Durante a tomada de posse, descreveu-o como "um homem de diálogo, de consenso, de agregação", e reconheceu que "não era fácil aceitar este desafio", principalmente para alguém "que tem uma vida tão tranquila". Mostrou-se, ainda assim, confiante de que irá  "ultrapassar as resistências que nós sabemos que existem quando um processo destes é levado por diante". 

O agradecimento de Luís Montenegro estendeu-se também ao esforço que terá feito também em termos financeiros: "É mesmo um caso para dizer que o Carlos Costa Neves está a pagar para trabalhar, visto que terá um rendimento inferior aquilo que teria se não aqui estivesse". 

Ao assumir o cargo para liderar este novo órgão, Costa Neves deverá receber pela tabela legal remuneratória única, ou seja, cerca de 6 mil euros brutos.

Neste discurso, o primeiro-ministro defendeu ainda a vontade do Governo de que a Administração Pública passe a ter capacidade para competir com o setor privado e atraia "os melhores quadros que a nossa sociedade é capaz de formar". Para isso, promete "melhorar a condição remuneratória de todos aqueles que decidem trabalhar nos órgãos da Administração"

"Queremos que na Administração Pública portuguesa sejam atraídos e retidos os melhores quadros que a nossa sociedade é capaz de formar. Uma Administração competitiva só é possível com pessoas qualificadas, com a valorização do mérito, com a retenção dos melhores", disse esta manhã Luís Montengero, acrescentando que pretende que os trabalhadores sintam que trabalhar para o Estado "vale a pena", não apenas por ser "um reduto de estabilidade ou privilégios laborais".

A nova secretaria-geral, que pretende aumentar a eficiência da Administração, insere-se numa reforma "que tem por objetivo colocar o Estado num nível de eficiência mais elevado", e oferecer uma "capacidade de resposta mais direcionada e muito vocacionada para a obtenção do resultado". Resumidamente: "Servir os cidadãos com eficiência, poupar recursos que são necessários alocar a outras despesas".

Nova secretaria-geral, "uma reforma há muito referenciada, mas sempre adiada"

Montenegro falou depois do novo secretário-geral, Carlos Costa Neves. Num breve discurso, na residência oficial do primeiro ministro, em Lisboa, Costa Neves lembrou que a criação deste organismo é fruto de uma "reforma há muito tempo unanimemente referenciada, mas sempre, sempre adiada".

O objetivo da nova secretaria-geral, disse, é o de "melhorar o serviço prestado aos cidadãos e criar instituições eficazes, eficientes, transparentes, sustentáveis, inclusivas e mais próximas dos cidadãos e das empresas".

Costa Neves assume o cargo depois do recuo de Hélder Rosalino, a primeira escolha do Governo. O antigo administrador do Banco de Portugal tinha optado por manter o salário de origem - como consultor do supervisor - que rondava os 16 mil euros mensais, o que a lei impedia por superar o valor auferido pelo primeiro-ministro, levando o Governo a alterar a legislação em vésperas da nomeação.

Acresce que o BdP indicou que não iria suportar o salário de Hélder Rosalino na Secretaria-Geral do Governo. O caso gerou polémica, com Rosalino a acabar por desistir de ocupar o cargo.

Notícia atualizada com declarações do primeiro-ministro

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