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Fundo soberano da Noruega processa Volkswagen

Depois de ter registado perdas de mais de 500 milhões de euros pelo investimento na Volkswagen, o maior fundo soberano do mundo confirma o avanço para tribunal contra o fabricante alemão.

Bloomberg
15 de Maio de 2016 às 22:24
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O maior fundo soberano do mundo, o norueguês, anunciou este domingo, 15 de Maio, que está a ponderar juntar-se à acção judicial colectiva contra a Volkswagen - onde é investidor - no âmbito do escândalo da manipulação das emissões de gases nocivos.


A notícia, avançada pelo Financial Times, foi confirmada oficialmente pela instituição: "O  Norges Bank Investment Management pretende juntar-se a uma acção legal contra a Volkswagen decorrente do facto de a empresa ter fornecido dados de emissões incorrectos",  disse à Reuters a porta-voz do fundo, Marthe Skaar.


De acordo com a Bloomberg, o fundo norueguês detém 1,64% da Volkswagen.

O escândalo da empresa germânica provocou, segundo o fundo, um rombo de 4,9 mil milhões de coroas (528 milhões de euros à cotação actual) no segundo trimestre fiscal da instituição. Espera-se, de acordo com o Financial Times, que a acção judicial dê entrada nos tribunais alemães nas próximas semanas.


"Fomos aconselhados pelos nosso advogados que a conduta da empresa justifica um processo à luz da lei alemã. Como investidores, é nossa responsabilidade salvaguardar a posição do fundo na Volkswagen", disse a mesma fonte.

Ao Financial Times, um outro porta-voz da empresa, Petter Johnsen, afirmou que a gestão do grupo automóvel deveria ter tido conhecimento da existência da manipulação.

Nas últimas semanas de Abril a Volkswagen chegou a acordo com as autoridades norte-americanas para compensar os clientes lesados pelo esquema de manipulação de emissões. O acordo, no valor de 10 mil milhões de euros, deverá suportar a reparação ou recompra de viaturas e contribuições para um fundo ambiental. 

Até agora, para salvaguardar despesas relacionadas com o caso da manipulação, a empresa já teve de provisionar 16,2 mil milhões de euros e cortar em 97% o seu dividendo anual.

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