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Exportações de componentes automóveis já cresceram em julho

Após quatro meses de quebras devido à pandemia, as exportações de componentes automóveis aumentaram em julho face a igual mês do ano passado. Mas o saldo nos primeiros sete meses do ano é de uma perda de 22%.

Antoine Antoniol/Bloomberg
09 de Setembro de 2020 às 17:58
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As exportações portuguesas de componentes automóveis ascenderam a 792 milhões de euros em julho, uma subida de 1,4% face a igual mês de 2019. Este é o primeiro crescimento homólogo após quatro meses de quedas, devido à pandemia da covid-19, indica a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel - AFIA.

O impacto da pandemia fez-se sentir no setor logo em março, quando as vendas ao exterior recuaram 26,4%. O cenário agravou-se em abril, quando as exportações afundaram 76,4%, num mês em que várias fábricas tinham suspendido a produção.

Em maio a quebra foi atenuada, mas ainda pesada, com um decréscimo de 57%. Junho, contudo, marcou já uma forte recuperação, tendo a descida homóloga sido de 8,4%. Agora, em julho, o setor apresenta já um crescimento, embora ainda tímido.

Os 792 milhões de euros de vendas ao exterior constituem mesmo o valor mais elevado de sempre num mês de julho.

Nos primeiros sete meses do ano, contudo, as exportações somam 4.546 milhões de euros, menos 22% do que os 5.831 milhões em igual período do ano passado.

O "motor" para a recuperação de julho foi Espanha, que é o principal mercado de destino das exportações de componentes. As vendas ao país vizinho nos primeiros sete meses do ano somam 1.376 milhões de euros, uma quebra de 12,6%. No final de junho, as exportações para o mercado espanhol apresentavam um decréscimo homólogo de 18,2%.

A retoma também se refletiu nos outros principais mercados, com destaque para a Alemanha (com uma queda de 18% contra 22,4% até junho) e França (36,6% em vez de 38,4%).

Mais lenta está a ser a recuperação das vendas para o Reino Unido, que ainda se encontram 38% abaixo dos valores dos primeiros sete meses de 2019, sendo que no primeiro semestre a quebra era de 38,6%.
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