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Componentes automóveis resistem à segunda vaga da pandemia. Exportações crescem em outubro

As vendas ao exterior de componentes automóveis totalizou 964 milhões de euros em outubro, sendo o melhor outubro para o setor desde pelo menos 2007. Em termos acumulados, as exportações caíram 14% nos primeiros 10 meses do ano.

Presente em Portugal desde 1951, a Faurécia é uma das gigantes do setor automóvel no país, marcando presença frequente também no ranking das maiores exportadoras.
10 de Dezembro de 2020 às 17:44
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As exportações portuguesas de componentes automóveis atingiram os 964 milhões de euros em outubro, o valor mais elevado para um mês de outubro desde pelo menos 2007 e uma subida de 3,6% em termos homólogos, revelou esta quinta-feira a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). Este foi o quarto mês consecutivo de crescimento nas vendas ao exterior.

A AFIA indica que nos primeiros 10 meses do ano as exportações do setor ascendem a 6.924 milhões de euros, uma quebra de 14% face a igual período em 2019.

Desta forma, o setor de componentes para a indústria automóvel resistiu ao embate da segunda vaga da pandemia, que se começou a sentir em finais de setembro e inícios de outubro, agravando-se em novembro.

O crescimento das vendas externas foi impulsionado por Espanha, o principal destino das exportações, que comprou 248 milhões de euros em componentes às empresas portuguesas. O mercado espanhol regista um decréscimo homólogo de apenas 3,1% nos primeiros 10 meses do ano, com um volume de negócios de 2.053 milhões de euros.

Também o mercado alemão, o segundo mais importante, manteve um bom desempenho, com 165 milhões de euros de vendas para as fabricantes na Alemanha. Em termos acumulados, as exportações para a Alemanha recuam 13,3%, totalizando 1.485 milhões de euros.

As vendas para França, também cresceram a um ritmo superior ao registado em outubro do ano passado, somando 114 milhões de euros e reduzindo a quebra homóloga dos 30,3% observados em setembro para 26,7%. O mercado francês já comprou 833 milhões de euros à indústria nacional este ano.

O Reino Unidos registou compras de apenas 54 milhões de euros e acumula uma queda de 33% este ano, para 473 milhões de euros.

Apesar deste desempenho positivo, em novembro o secretário-geral da AFIA, Adão Ferreira, indicava ao Negócios que  as perspetivas para os últimos meses deste ano eram negativas.


“Olhando para as vendas de veículos na Europa em outubro vemos já uma queda. Se não se vendem carros também se produzem menos. Portanto, esperamos uma nova redução nas exportações de componentes após estes três meses de recuperação”, referiu então o responsável, que apontava para que 2020 fechasse com um recuo de aproximadamente 20% nas exportações.

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