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CEO da Volkswagen pode ser substituído já na sexta-feira

“Um disparate”, diz um porta-voz da empresa perante a possibilidade da saída de Winterkorn. A imprensa alemã escreve que o CEO da Porsche, Matthias Müller, é o homem que se segue na liderança da fabricante automóvel.

Bloomberg
22 de Setembro de 2015 às 13:45
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O CEO da Volkswagen, Martin Winterkorn, poderá ser substituído já esta sexta-feira, 25 de Setembro. A notícia é avançada pela imprensa alemã, nomeadamente pelo jornal Tagesspiegel, que cita fontes ligadas à administração da fabricante automóvel.

Matthias Müller, CEO da Porsche, é apontado como o nome para a sucessão. Para a próxima sexta-feira estava já marcada uma reunião do conselho de administração do grupo Volkswagen para discutir a extensão do contrato de Winterkorn até 2018.

Com os novos desenvolvimentos, que dão conta que a empresa manipulou testes de emissões de veículos a disel (isto é, movidos a gasóleo) nos Estados Unidos da América, a substituição poderá ser mesmo o caminho.

A Volkswagen já veio desmentir o cenário de substituição, com um porta-voz da empresa citado pela Reuters a classificar a notícia do Tagesspiegel como um "disparate".

A confirmar-se a substituição, Winterkorn abandona o cargo poucos meses depois de ter protagonizado uma disputa com o presidente do grupo Volkswagen, Ferdinand Piëch. Em Abril, Piëch colocou em causa as capacidades futuras de Winterkorn à frente da empresa. Os accionistas juntaram-se ao debate, em defesa de Winterkorn. Piëch acabou por apresentar a sua demissão.

A polémica despoletada este fim-de-semana veio colocar mais dúvidas sobre a continuação do actual CEO. A especulação sobre essa possibilidade tem sido crescente e só ficará esclarecida depois do encontro da administração.

Certo é que a Volkswagen não se livra dos efeitos secundários após ter admitido a fraude. A empresa anunciou ter separado 6,5 mil milhões de euros para cobrir custos associados a esta operação.

As coimas previstas neste caso podem chegar aos 18 mil milhões de dólares (16 mil milhões de euros). Na primeira sessão de bolsa após a descoberta deste escândalo, as acções da Volkswagen chegaram a cair mais de 20%. A tendência de quebra mantém-se.

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