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Douro e Alentejo escapam à quebra na produção de vinho em 2018

A campanha promete ser mais fraca para os produtores, prevendo-se uma redução de 3% para 6,5 milhões de hectolitros. Beiras e Dão são as mais afectadas pelo clima adverso, com perdas em 10 das 14 regiões portuguesas.

O Douro vai continuar a ser a região vitivinícola com maior produção, num total estimado de 1,5 milhões de hectolitros.
30 de Julho de 2018 às 16:17
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A produção de vinho em Portugal deve baixar este ano cerca de 3% face à campanha anterior, para um volume total próximo dos 6,512 milhões de hectolitros. Ainda assim, sublinha o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), a previsão é de um valor "muito próximo da média das cinco últimas campanhas".

 

Numa nota informativa partilhada esta segunda-feira, 30 de Julho, o instituto público salienta que a previsão aponta para uma quebra de produção na maioria das 14 regiões portuguesas. As excepções serão Alentejo, Algarve e Açores, que até deverão crescer devido ao "bom desenvolvimento vegetativo das videiras". O Douro continuará a ser a região com maior produção no país, numa dimensão equivalente à anterior apesar da acordada redução do "benefício" no vinho do Porto.

 

As previsões feitas pelos diferentes organismos regionais evidenciam que as Terras da Beira (-30%) e as Terras do Dão (-25%) foram as mais afectadas pelas condições meteorológicas verificadas ao longo desta campanha, que favoreceram os ataques de míldio e de oídio que são apontados como os "principais responsáveis" pela quebra estimada de produção.

 

"O ciclo vegetativo das videiras está atrasado duas a três semanas, pelo que as condições climatéricas nos meses de Agosto e de Setembro serão determinantes na quantidade e qualidade da colheita", acrescentou o IVV, que tem agora o antigo vice-presidente, Francisco Toscano Rito, a ocupar a cadeira da presidência, depois de Frederico Falcão ter terminado a comissão de serviço.

 

No ano passado, os vinhos portugueses voltaram a "encher o copo" nas exportações. As vendas ao exterior subiram 7,5% e ascenderam a 778 milhões de euros, valendo um novo recorde ao sector depois do recuo no ano anterior. Franceses, ingleses e americanos continuam a ser os maiores apreciadores.


Produção de vinho por região (previsão 2018/2019)

 

Minho: -5% (919 mil hectolitros)

Trás-os-Montes: -15% (73 mil hectolitros)

Douro: 0% (1.449 mil hectolitros)

Beira Atlântico: -17% (216 mil hectolitros)

Terras do Dão: -25% (234 mil hectolitros)

Terras da Beira: -30% (133 mil hectrolitros)

Terras de Cister: -10% (49 mil hectolitros)

Tejo: -5% (616 mil hectolitros)

Lisboa: -5% (1.165 mil hectolitros)

Península de Setúbal: -5% (499 mil hectolitros)

Alentejo: 15% (1.098 mil hectolitros)

Algarve: 10% (17 mil hectolitros)

Madeira: -11% (38 mil hectolitros)

Açores: 20% (6 mil hectolitros)

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